Dilma afirma na Bahia que Marina é neoliberal e conservadora

Na manhã desta quinta-feira (25), a presidenta e candidata à reeleição Dilma Rousseff deu uma coletiva em Feira de Santana, na Bahia, antes da caminhada com o candidato ao governo do estado, Rui Costa, e do candidato ao Senado, Otto Alencar. "Das 36 milhões de pessoas que deixaram a pobreza extrema nos últimos 12 anos, 20 milhões e 300 mil pessoas foram aqui do nordeste", ressaltou. Dilma explicou ainda Marina apresenta um modelo de política econômica extremamente conservador e neoliberal.

Dilma na Bahia

Dilma iniciou a coletiva dizendo que está muito feliz com que o governo dela fez no nordeste, região que passou por uma das maiores secas dos últimos tempos. Como disse a presidenta, "a oferta de água se tornou uma oferta para nós. Nós conseguimos passar essa seca, nos baseando em duas coisas: primeiro, as políticas de proteção social foram capazes de garantir renda e hoje não se vê aquelas cenas terríveis do passado, quando se via pessoas invadindo supermercados, invadindo feiras em busca de alimentação que não tinham por conta da falta de água. Em segundo lugar, nós também providenciamos uma ação emergencial".

"Na ação emergencial, nós fizemos 1 milhão de cisternas. Aqui na Bahia, foi o local onde mais se fez cisternas. Além disso, nós fizemos uma medida muito importante, que foi o seguro garantia Safra."

Dilma disse ainda que se orgulha muito dos programas sociais que ela fez em parceria com o governo da Bahia, mas principalmente em parceria com a população da Bahia, por exemplo: "Os 1360 médicos do programa Mais Médicos, que dão cobertura para mais de 4 milhões e 700 mil baianos, sendo que 27% desses médicos, estão aqui, em Feira de Santana".

Propostas macroeconômicas

A presidenta aproveitou para criticar as propostas macroeconômicas do programa de governo de Marina e alfinetar seus assessores. "O grande problema da candidata (Marina) é que um dia eles (integrantes de sua campanha) dizem uma coisa, outro dia dizem outra", ironizou. "Mas ela apresenta um modelo de política econômica extremamente conservador e neoliberal. Ela pretende atender prioritariamente aos bancos, como deixou claro no programa dela sobre a independência do Banco Central. No Brasil, independentes só são os poderes da República, Legislativo, Executivo e Judiciário. Ela já falou em flexibilizar salários, em reduzir o papel dos bancos públicos. Se reduz o papel dos bancos públicos, não tem Minha Casa, Minha Vida, não tem programa de Agricultura Familiar, não tem programa de incentivo à indústria, não tem emprego."

Ajuste fiscal

Dilma disse também que não acredita em choque fiscal. "Não é necessário da forma que a candidata (Marina) diz que fará, pois o Brasil não está desequilibrado, não tem crise cambial. O Brasil passa, como o resto do mundo, por um processo de crise que nós não combatemos igual a eles (outros países) e sim garantindo emprego e investimento", afirmou a presidenta.

Segundo ela, se alguém propõe um ajuste fiscal tem que mostrar onde vai cortar. "Vai cortar o quê, os programas sociais, o bolsa família? Choque fiscal é o quê? Um baita ajuste que se corta tudo para pagar juros dos bancos? Não é necessário. O Brasil tem uma das menores dívidas líquidas sobre o Produto Interno Bruto do mundo, 34%. Todo o resto do mundo, tirando uns seis países, tem dívida líquida acima de 100% ou perto de 100%. Focar falando de choque fiscal é uma forma perigosa e eleitoreira."

Programas sociais

Num dos momentos mais emocionantes da coletiva, a presidenta Dilma disse se orgulhar muito do fato de o Pronatec ter matriculado mais de 500 mil pessoas e do governo ter levado cinco universidades federais para a Bahia, além dos 18 novos campos universitários e mais de 21 novas escolas técnicas.

Dilma encerrou a coletiva com um dado muito importante para todos nós, que estamos comemorando a saída do Brasil do Mapa da Fome mundial: "Das 36 milhões de pessoas que deixaram a pobreza extrema nos últimos 12 anos, 20 milhões e 300 mil pessoas foram aqui do nordeste".

Na sequência Dilma saiu pra caminhada pelas ruas de Feira de Santana e finalizou sua estada na cidade, com um minicomício onde repetiu estar muito orgulhosa de estar na cidade e que espera ganhar essas eleições pra poder ir de avião, inaugurar a ampliação e modernização do Aeroporto de Feira de Santana.

"Um dos meus maiores compromissos é com um programa chamado Juventude Viva. Que tem como objetivo [também] de impedir a morte de nossa juventude negra. Acabar com autos de resistência. Serei sempre uma pessoa comprometida com grandes valores morais, como é o caso da garantia de oportunidades iguais pra cada brasileiro e cada brasileira", disse.

“Feira de Santana vai se transformar cada vez mais num centro logístico para a Bahia e todo o nordeste”, afirmou Dilma. No município baiano, com recursos federais, estão sendo duplicadas as BRs 101 e 116, que ligam Feira de Santana a Sergipe e Pernambuco, respectivamente; além das obras de melhoria do aeroporto da cidade.

Campanha estadual

Jaques Wagner, governador da Bahia, pediu voto para a presidenta pois o estado e o Brasil melhoraram no governo dela e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já Rui Costa afirmou que o povo de Feira de Santana não quer voltar atrás. “A Bahia quer mais, Feira quer mais, quer mais saneamento, mais aeroporto, e por isso vota 13!”, exclamou Rui.

Com informações do Portal Dilma