O economista Marcelo Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais FGV Social e ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo Dilma alerta que a desigualdade aumentou demais
Cada eleição presidencial tem uma história, mas há algo em comum em todas elas: existe um eixo que organiza a percepção da maior parte do eleitorado. As pesquisas têm mostrado que a questão econômica ganhou proeminência para o eleitor. Houve também o crescimento da preocupação com a temática social, ligada ao aumento da pobreza e da desigualdade. De todo modo, a marca de um pleito é mais ampla e diz respeito a um fator que interliga as questões. Neste sentido, a alma da disputa de 2022 será um plebiscito sobre o governo Bolsonaro.
Cortes orçamentários, desmonte de programas e ataques sistemáticos do atual governo tem retirado cada vez mais direitos da população
“Não acreditamos que o governo Bolsonaro vá seguir por outro caminho e olhar para os mais pobres. Por isso, é fundamental tirar Bolsonaro da cadeira de presidente, para evitar que milhões de brasileiros morram de fome e a economia alcance o fundo do poço”
A situação revoltou diversas pessoas nas redes socais, entre elas, Manuela d’Ávila – candidata à prefeitura de Porto Alegre pelo PCdoB nas últimas eleições municipais
Informação é do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, que percebe o aumento de mães com crianças sem teto.
Flávio Dino: Um governo que coloca o botijão de gás ao custo de mais de 10% de um salário mínimo é porque quer ver seu povo morrer de fome.
Família em extrema pobreza é aquela com renda per capita de até R$ 89 mensais. Em regra, são pessoas que vivem nas ruas ou em barracos e enfrentam insegurança alimentar recorrente.
O Brasil precisa interromper o descalabro do governo Bolsonaro.
Com ameaças golpistas, Bolsonaro alimenta uma crise política que contamina diretamente o cenário econômico
O desastroso governo Bolsonaro negou vacinas e relutou todos os ensinamentos científicos para o enfrentamento à pandemia. Disse inúmeras vezes que preferia proteger a economia. Pois é, deu tudo errado.
Em 2019, o Brasil tinha cerca de 24 milhões de pessoas na pobreza extrema, ou 11% da população. Agora, são 35 milhões, ou 16% do total