Venezuela, vanguarda da dignidade dos povos do mundo

“A Venezuela vai seguir seu caminho, seu rumo de democracia, de revolução, de independência, de dignidade, com voz própria frente ao mundo”, disse o presidente da venezuelano, Nicolás Maduro, nesta quarta-feira (24), em seu discurso sólido durante a 69ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Nicolás Maduro em Assembleia Geral da ONU - AVN
A mensagem que a Venezuela enviou aos povos, durante o evento que estiveram presentes 140 chefes de Estado de Governo, levantou aplausos dos signatários. Enquanto isso, frente à Missão Permanente da Venezuela nas Nações Unidas, a poucos metros da sede da ONU, um grupo de cidadãos de diferentes nações se colocaram a expressar seu respaldo ao presidente venezuelano.
 

Durante a intervenção do presidente, que durou aproximadamente 30 minutos, manifestou seu compromisso de continuar o rumo da solidariedade, da paz, do respeito mútuo e da equidade que traçou o comandante da Revolução Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, a quem destacou como “um extraordinário ser humano”.

Trabalho que é celebrado por quem vê na Revolução de Chávez uma alternativa única de superar a opressão. “A Venezuela com Maduro representa uma esperança muito grande para os povos latino-americanos e para os povos do mundo, porque é a representação viva de Chávez e quando se tem as ideias de um homem como Chávez se é grande entre os povos”, disse, sem titubear, Rocío Dolores Castillo, um cidadão dominicano residente em Nova York há dois anos.

Refundação da ONU é a melhor opção

Maduro insistiu ainda na necessidade da refundação da ONU, com objetivo de maximizar o poder de decisão da organização, com democracia, tal e como em diversas oportunidades manifestou Chávez. “Recordá-lo, revoga-lo, em seu espírito de liberdade anti-imperialista e de justiça, e da necessidade de refundar a Organização das Nações Unidas”. Vários países se uniram a este projeto, entre eles, a Argentina.

O presidente disse que a importância da refundação, deve compreender ajustes e reajustes de todo o sistema das Nações Unidas, que radica também o resgate do propósito inicial da organização, há 70 anos.

“A carta das Nações Unidas realmente é um dos poderes mais bonitos”, mas, apesar disso, “se converteu realmente em um instrumento deixado de lado, esquecido, e que além disso tem seus objetivos fundamentais permanentemente violados”, disse Maduro.

“Nós reivindicamos a vigência das Nações Unidas, acima de qualquer crítica que se possa fazer, e sobre essa reivindicação, a importância humana, de que esta organização exista, é que nós insistimos na necessidade de uma transformação profunda”.

“Essa refundação deverá abarcar também a reforma em seu Conselho de Segurança, considerando a importância de ampliar os cenários de democratização e de participação protagonista dos povos”, explicou o presidente.

“Hoje as Nações Unidas têm que se adaptar a um mundo multipolar, multicêntrico, pluripolar, com novos atores espalhados pelos países e regiões emergentes, que têm aspirações de ser respeitados pelo mundo. As Nações Unidas têm que adaptar seus organismos e se submeter à soberania dos povos do mundo que reclamam para que suas vozes tenham peso”, afirmou com solidez o presidente Maduro.

Neste sentido, disse também que se faz necessário o fortalecimento da Secretaria Geral para que “busque fórmulas de paz e de resoluções de conflito no mundo”. “É uma urgência para o mundo”, destacou, e logo reforçou “temos já outro mundo, onde queremos falar, pensar e decidir nosso destino, em paz”.

Solidariedade venezuelana

Nicolás Maduro ratificou a mensagem solidária da Venezuela com os mais desfavorecidos e com os que têm sofrido o submissos às potências. Essa mensagem foi estendida à Cuba e a seu povo, e alçou sua voz contra o bloqueio que os Estados Unidos mantém, de maneira arbitrária, contra a ilha, há mais de cinco décadas.

“Presidente Barack Obama, quando vai chegar o momento, a oportunidade, de que o senhor passe a história e levante de uma vez por todas esse bloqueio criminoso econômico e a perseguição que há contra nossa ‘irmãzinha’ Cuba?” questionou Maduro.

Também foi celebrada a resolução aprovada há algumas semanas na ONU para frear o sistema repressor dos Fundos Abutres, que tentaram assolar a Argentina. Pediu pela descolonização de Porto Rico e pela libertação de Óscar López Rivera, quem se encontra em uma prisão norte-americana há mais de 30 anos, por lutar pela independência de seu país.

“Chávez foi um homem que esteve ao lado das causas dos povos. Chávez era um homem grande, não só da Venezuela, mas da América Latina e do Mundo, assim é também o presidente Nicolás Maduro, porque continua com chavismo”, expressou o senhor Castillo.

Maduro anunciou um investimento da Venezuela de US$ 5 milhões ao fundo criado para investigações sobre o Ebola, enfermidade que vem causando a morte de homens e mulheres na África.

“Que Deus bendiga o mundo e nos dê força para seguir levando paz a nossos povos”, manifestou Maduro ao concluir sua primeira intervenção na Assembleia Geral da ONU como presidente da República Bolivariana da Venezuela.

Fonte: AVN
Tradução de Mariana Serafini, da redação do Portal Vermelho