Maduro não foi à Assembleia da ONU para “preservar sua vida”
Ao regressar de sua visita de Estado à China, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que decidiu não discursar na 68ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas(ONU), nesta quarta-feira (25), porque “duas provocações” estariam sendo preparadas contra ele em Nova York.
Publicado 26/09/2013 09:58
“Quando cheguei a Vancouver, avaliei a informação direta que nos chegou de diversas frentes e neste momento decidi continuar o caminho até Caracas e suspender a viagem a Nova York para (…) preservar minha integridade física e minha vida, e a honra dos venezuelanos”, explicou.
Segundo ele, o governo norte-americano têm informações sobre uma “atividade bem perigosa” que estava sendo preparada por Otto Reich, ex-subsecretário dos EUA para a América Latina e por Roger Noriega, embaixador norte-americano na OEA (Organização dos Estados Americanos).
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“Mais uma vez o clã de Roger Noriega e Otto Reich, que é como dizer Posada Carriles ao vivo e direto atuando, tinham preparado uma agressão contra mim”, disse, sobre o terrorista e ex-agente da CIA responsável pela explosão de um avião cubano que partia de Barbados, em 1976, quando 73 pessoas morreram.
“Em outro momento iremos à ONU quando se garanta que estes grupos de loucos…”, disse Maduro, sem terminar a frase. Durante esta semana, o chanceler venezuelano, Elías Jaua, afirmou que o governo estava “avaliando as condições” para a viagem do chefe de Estado à Síria. "Precisamos garantias de que vamos ser respeitados pelo governo dos EUA em uma visita que não é aos Estados Unidos (…) é a sede da ONU”, disse Jaua ao canal estatal VTV.
Fonte: Luciana Taddeo, de Caracas para o Opera Mundi