Processo de mudança dignificou a Bolívia, diz Evo Morales

O presidente boliviano, Evo Morales, disse nesta sexta-feira (26) que o processo de mudança que o país vive desde 2006 dignificou a nação e a sua população. O chefe de estado, que participou no início dos testes de carga, transporte e distribuição do sistema virtual de gás natural, do Rio Grande para vários municípios da Bolívia, fez referência à acolhida que a delegação boliviana teve em sua recente visita à sede da ONU.

Evo Morales

"Volto de uma reunião importante nas Nações Unidas e nem imaginam o respeito que os presidentes têm com o povo boliviano, com o Estado Plurinacional", destacou o presidente.

"Antes não existia isso. Em 2006, 2007, pedíamos uma reunião bilateral aproveitando a reunião ordinária das Nações Unidas e não havia resposta. Agora falta tempo. E não é que nós pedimos, eles nos pedem", insistiu o primeiro presidente indígena do país.

Segundo Morales, "se agora pedimos uma reunião, em seguida aceitam. Inclusive dizem que têm cancelado muitas reuniões para receber ao Evo. Nossos filhos, as futuras gerações nunca mais irão ser vistos como antes".

Também recordou que antes, "nossos irmãos nunca diziam na Europa que eram bolivianos. Diziam que eram mexicanos, peruanos, colombianos. E agora alguns irmãos latino-americanos dizem que são bolivianos".

O chefe de estado destacou também os investimentos realizados na área dos hidrocarbonetos e desmentiu àqueles que diziam que se o governo nacionalizasse não teria mais investimento: "nacionalizamos e há mais investimento", reafirmou.

Também recordou que o objetivo do governo é que o gás continue chegando a cada vez mais pessoas nos lugares afastados das cidades importantes do país.

Morales relembrou, também, os momentos difíceis que o país viveu nos últimos anos, sobretudo a tentativa de golpe de Estado e o revocatório de 2008.

"Os restos do neoliberalismo não puderam e depois que fracassou o revocatório, tentaram o golpe de Estado. Alguns comandantes nos diziam que foram lhes pedir que se somassem ao golpe de Estado. Obrigada às Forças Armadas por não se somar ao golpe de Estado".

Segundo o presidente, "se o golpe de Estado tivesse sido efetivo não estas grandes obras não teriam sido feitas, porque há grupos que pensam mais neles que no povo boliviano".

"Agradecemos ao povo boliviano, por defender seu processo de libertação econômica e política", finalizou o presidente.

Fonte: Prensa Latina