Dilma fala sobre o Mais Médicos e garante o Mais Especialidades

No início da noite deste domingo (28), a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, concedeu entrevista à imprensa onde reafirmou a importância do programa Mais Médicos, ao lembrar os números do programa, implementado há um ano por seu governo. 

Dilma Rousseff na entrevista coletiva. Foto Ichiro Guerra

“Vocês devem estar lembrados de como foi difícil implantar o Mais Médicos, porque havia uma reação. E nós conseguimos nesse processo superar essa reação e colocar 50 milhões de pessoas atendidas por 14.462 médicos em 3.750 municípios”, enumerou a presidenta.

A presidenta relacionou ainda os critérios de atender 20% da população em situação de extrema pobreza no interior e na periferia das grandes cidades; nos 100 municípios com menor receita per capita; nos municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado baixo ou muito baixo; em municípios com população indígena e quilombolas; em regiões com perfil de baixa renda, como o Alto e Médio Uruguai, no Rio Grande do Sul, a região do Semiárido, em Minas Gerais e no Nordeste, o Baixo Jequitinhonha, o Vale do Mucuri e o Vale do Ribeira; e em assentamentos rurais da Reforma Agrária.

A presidenta Dilma destacou ainda casos em que houve dificuldades de atender municípios por conta de critérios estabelecidos pelas prefeituras. “A União não tem o poder de impor médico ao município, então o município tem de querer. Houve alguns casos, como o do prefeito de Teresina, que só aceitava médicos brasileiros formados no Brasil. Os médicos brasileiros poderiam escolher para onde ir, mas não queriam ir para Teresina. Portanto, o município não foi atendido por não querer médicos cubanos”, explicou a presidenta.

Sobre a importância do Mais Médicos, Dilma explicou que como um programa de urgência, a medida resolveu parte do problema de atendimento em Saúde Básica. “É importante não só porque 50 milhões de pessoas passaram a ter atendimento, mas porque ao longo da vida de uma pessoa, 80% dos casos ela consegue resolver com Atenção Básica. O restante tem de ir pra UPA ou para hospital”.

Mais Especialidades

Dilma explicou as medidas que já estão sendo tomadas para a continuidade do programa, e que serão parte do seu segundo mandato. “Até 2017 temos que criar matrículas para 11,5 mil médicos na graduação e para 12 mil no Pós-Graduação. Hoje, 3.363 vagas já foram autorizadas para a graduação em 58 municípios. Isso se refere à criação de 33 cursos de Medicina e ampliação de 37 cursos existentes. No caso da Residência Médica, com prazo até 2018 para a universalização da oferta, já criamos 2.579, que se somam a outras 2.546 criadas desde 2011, chegando a um total de 5.125 profissionais que vão ser formados em Residência no meu governo”.

Também em seu segundo mandato, com o programa Mais Especialidades, a presidenta Dilma vai reduzir a fila de espera para as pessoas que buscam atendimento médico especializado, como Pediatria, Cardiologia, Ortopedia e Ginecologia, entre outras especialidades médicas. “Precisamos de novos investimentos com a iniciativa pública e privada; passaremos a ter uma sequência de formação de médicos nas escolas de Medicina no Brasil e nunca vamos afastar a hipótese de atrair especialistas, como fazem os Estados Unidos e outros países”.

Fonte: Portal Dilma