Funcionários do Banco do Estado do Sergipe não aderem à greve nacional

Após cinco rodadas de negociação com a direção do Banco do Estado de Sergipe (Banese), foi apresentada nesta segunda (29) uma proposta discutida em assembleia específica. Os bancários aprovaram a proposta e não vão aderir à greve nacional.

Bancários do Banese - Seeb-SE

"Recebemos a proposta do Banese à tarde e avaliamos como interessante. Por isso, defendemos sua aprovação, mas pedimos solidariedade à greve dos nossos colegas dos outros bancos", falou Ivânia Pereira, secretária de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb-SE) e funcionária do Banese.

A Assembleia específica dos Baneseanos foi realizada em seguida à geral, dia 29, que aprovou a greve dos bancários por tempo indeterminado. A segunda proposta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), no último sábado (27), que elevou o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais; e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação) para os pisos, foi considerada insuficiente, mais uma vez, pelo Comando Nacional dos Bancários.

Já a proposta apresentada pelo Banese foi aprovada por ampla maioria dos baneseanos. "O Sindicato implementa a decisão da categoria, mesmo que não seja a posição defendida pela sua diretoria. Porém, no caso do Banese, a proposta foi considerada satisfatória por toda a diretoria do Seeb-SE", defende José Souza, presidente do Seeb-SE. Além disso, a diretoria executiva do Banco se comprometeu a acatar a proposta da Fenaban, fazendo a complementação, caso ela seja mais vantajosa para os empregados.

“A direção do Banese evitou, de forma madura, a greve nos bancos. Um dia antes da deflagração da greve desta terça-feira (30) o sindicato e o banco se afirmam enquanto entidades com capacidade de negociação e o banco não ficou exposto à greve. Esse processo de negociação revelou um processo de maturidade”, disse José Souza.

O presidente do sindicato lembra que em 2013, a greve no Banese durou 21 dias consecutivos. Já em 2012, o banco estadual foi o último a negociar o fim da paralisação. "Este ano, a direção do Banese entendeu que era possível apresentar proposta melhor e antecipadamente à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)", afirma José Souza.

A diretora de Comunicação do Seeb-SE, Ivânia Pereira destaca que o ano passado, o movimento grevista no Banese só foi debelado depois de muito esforço dentro da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Sergipe (SRTE). As negociações foram dirigidas pela superintendente do STRE, Celuta Krauss.

"A assembleia específica dos funcionários do Banese foi uma das maiores dos últimos anos. E nessa reunião, reconhecemos a atitude da direção do Banese em negociar antecipadamente como muito importante para todos", afirma Ivânia.

Acordo específico do Banese

Este ano, para fechar a minuta específica do Acordo Coletivo 2014/2015, o Banese elevou os índices de reposição salarial e sobre os pisos e ainda se comprometeu em acompanhar as vantagens que poderão ser oferecidas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Fonte: CTB