Mais de 6 mil agências aderem à greve dos bancários já no primeiro dia

Os bancários fecharam pelo menos 6.572 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal na terça-feira (30), primeiro dia da greve nacional da categoria por tempo indeterminado. São 427 unidades paralisadas a mais que no primeiro dia da greve do ano passado (6.145), um crescimento de 6,95%.

Greve dos Bancários - CTB

Os bancários reivindicam 12,5% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, garantia de emprego, melhores condições de saúde e trabalho, com fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.

Em São Paulo cerca de 16 mil trabalhadores paralisaram as atividades em 626 locais de trabalho, em agências e quatro centros administrativos. No interior, na cidade de Marília, das 31 agências, 21 que ficam na região central, aderiram à paralisação. Já em Assis, todas as agências estão em greve. Em Bauru e Botucatu, a adesão é parcial e até o começo da tarde o número de bancos paralisados não tinha sido informado.

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No sul do país, em Londrina, os bancários estimam já ter fechado mais de 50% das agências. Logo nas primeiras horas da manhã, os trabalhadores foram para as portas das unidades mais movimentadas, com a paralisação dos bancos do Calçadão, Avenida Higienópolis, Avenida Tiradentes e Avenida Duque de Caxias, por exemplo.

Em Itabuna, foram 33 agências paralisadas sendo que 17 unidades na cidade e o restante nas cidades de Buerarema, Camacan, Coaraci, Ibicaraí, Itapé, Itajuípe, Itapitanga, Itororó, e Pau Brasil. Nestas cidades todas as agências da Caixa, BNB e Banco do Brasil foram fechadas e em Buerarema, Coaraci e Itajuípe os bancários do Bradesco aderiram à greve.

Na Paraíba, pelo menos 160 agências bancárias no estado foram fechadas com a paralisação da categoria.

Na Bahia, de acordo com o Seeb a participação dos bancários na greve “está de arrepiar”. No primeiro dia de paralisação, 580 agências foram fechadas no estado. O número é superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando chegou a 543. Da base do Sindicato dos Bancários da Bahia, 307 unidades ficaram sem atendimento. São 158 em Salvador e 149 no interior. São 244 de bancos públicos e 63 dos privados. O Banco do Brasil teve 140 agências paradas. A Caixa tem 92 e o BNB, 12. Na rede privada, o Bradesco aparece com 32 locais fechados. Em seguida, surgem Santander (12), Itaú (10), HSBC (4), Safra (2), Mercantil, Citibank e Desenbahia têm uma, cada.

"A greve começa forte, com grande adesão em todo o país. Os bancários estão mobilizados para derrotar a intransigência dos banqueiros", aponta o presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos.

Em Sergipe, cerca de 63 agências se mantiveram fechadas. "A nossa avaliação é que a categoria em todo do país iniciou a greve com uma maior disponibilidade se comparada ao dia da deflagração de 2013. Em Sergipe, não foi diferente. Na capital, a adesão ocorreu sem grandes transtornos. Hoje pela manhã, os dirigentes saíram em equipes para checar e reforçar o movimento no interior do estado", esclareceu a diretora de Comunicação do Seeb/SE, Ivânia Pereira.

De acordo com a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (FEEB), nos dois estados vizinhos 643 agências estavam fechadas. Na base do Sindicato da Bahia, 307 unidades estão sem funcionar. No interior do estado, a categoria cruzou os braços na base de Feira de Santana (34), Vitória da Conquista (50), Itabuna (34), Ilhéus (25), Jequié (22), Irecê (34), Jacobina (29), Camaçari (17) e Juazeiro (28). Já em Sergipe, deixaram de funcionar 63 agências.

Fonte: CTB