Trabalhadores portugueses comemoram aniversário da CGTP-IN

Os trabalhadores de Portugal comemoraram nesta quarta-feira os 44 anos de criação da Intersindical Nacional, organização sindical que teve uma intervenção relevante na resistência ao fascismo, na luta pela liberdade, pela democracia, os direitos trabalhistas e sociais e a instauração e consolidação da Revolução de Abril.

Cartaz de comemoração dos 44 anos da CGTP-IN

A criação da Intersindical Nacional, no dia 1º de Outubro de 1970, constituiu um marco de grande significado no longo, difícil e heróico percurso do movimento operário e sindical para se afirmar como força de progresso social e de emancipação dos trabalhadores.

Tendo como princípios a unidade, a democracia, a independência, a solidariedade e o sindicalismo de classe e de massas, a CGTP – Intersindical Nacional, constituída a partir da base pelos trabalhadores e para os trabalhadores, teve uma intervenção relevante na resistência ao fascismo, na luta pela liberdade, a democracia, os direitos laborais e sociais e a instauração e consolidação da Revolução de Abril.

A intervenção da Intersindical Nacional foi decisiva para a concretização das transformações políticas, econômicas e sociais então realizadas e consagradas na Constituição da República Portuguesa e a sua ação de resistência à política de direita nos últimos 30 anos, tem sido determinante para brecar a ofensiva neoliberal que faz da injustiça e das desigualdades, da exploração e do empobrecimento generalizado de Portugal, as traves mestras do ajuste de contas com a democracia política, econômica, social e cultural, conquistadas com a Revolução de Abril.

Neste processo duro e prolongado, a CGTP-IN teve uma intervenção dinâmica, com uma estreita e permanente ligação com os trabalhadores, aos seus problemas e aos seus anseios. A capacidade de entrega dos seus quadros em todos os seus níveis de estrutura para melhorar as condições de vida e de trabalho de quem trabalha e defender a sua dignidade como pessoas e como trabalhadores, continua a ser uma referência deste projecto sindical, de compromisso com os valores e direitos de Abril no futuro de Portugal.

Segundo a CGTP-IN, o período vivido atualmente "exige a unidade na ação no combate a uma política de direita e a uma ofensiva antitrabalhista e social sem precedentes desde o 25 de Abril. Uma luta que tem de continuar porque o fim do memorando da troika não significa o fim de uma política que agride e humilha o povo e o país e é indissociável da governação econômica da UE e do Tratado Orçamental".

"Neste quadro, o fim da política de direita e a demissão do Governo PSD/CDS constitui um imperativo nacional de todos quantos lutam por uma política de esquerda e soberana, num Portugal democrático, desenvolvido, solidário e soberano", diz texto publicado pela organização.

Com informações do Diário Liberdade