EUA podem investir US$ 1 bilhão para militarizar fronteira com México

O legislador norte-americano, Michael McCaul, apresentou, nesta segunda-feira (6), o chamado "Plano de Segurança na Fronteira Sul", estimado em um bilhão de dólares, que define novas medidas a fim de militarizar as fronteiras entre os EUA e o México.

Migração Estados Unidos México - Daniela Pastrana/IPS

"Uma nova abordagem para a segurança nas fronteiras, que enfatize a aplicação inteligente dos recursos, para identificar e definir um conjunto de resultados quantificáveis, é necessária", diz o documento de 41 páginas.

A estratégia proposta inclui, nomeadamente, o aumento do investimento em sistemas de vigilância militar, os mesmos empregados no Afeganistão, incluindo o aumento de horas de voo de aeronaves de vigilância não tripuladas.

Além disso, o Michael McCaul, que é presidente do Comitê de Segurança Nacional da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, disse que o governo federal deveria punir quem quebra as leis do país, aqueles que cruzam ilegalmente a fronteira.

Leia mais:
Corpos de estudantes são encontrados em vala comum no México

Sob o pretexto de proteger a "segurança nacional" dos EUA, o legislador argumentou que tais medidas seriam consideradas um primeiro passo para dar aos americanos a fronteira que desejam e merecem".

O plano pretende se debruçar ainda sobre o alarmante número de pessoas que imigram para os Estados Unidos, onde, de acordo com vários relatórios, sofrem graves violações dos seus direitos à liberdade, à segurança pessoal e a vida familiar.

Além disso, até agora, os diferentes grupos de direitos humanos condenaram o abuso sexual de menores em centros de detenções para imigrantes ilegais nos Estados Unidos.

"É uma situação muito preocupante, porque vemos que os EUA estão voltando a políticas que pareciam esquecidas no passado, assim como os centros de detenção para crianças e famílias", disse o vice-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Felipe González.

De acordo com o Governo dos Estados Unidos, mais de 52 mil crianças no ano passado, principalmente com origem de El Salvador, Guatemala e Honduras, foram presas pela Patrulha de Fronteira.

Da redação do Vermelho,
com informações da Hispan TV