Em Havana, países da Alba farão cúpula extraordinária sobre o ebola

Os chefes de Estado e de governo dos nove países da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) se reunirão na próxima segunda-feira (20) em uma cúpula "extraordinária", em Havana, para definir ações de luta contra o Ebola, conforme informações divulgadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

Alba

"Com o objetivo de ajustar a cooperação regional para a prevenção e o enfrentamento do ebola, será realizada em Havana, na segunda-feira, 20 de outubro, uma Cúpula Extraordinária da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América", anunciou a Chancelaria em um comunicado publicado em seu site.

A ministra venezuelana da Saúde, Nancy Pérez, explicou que o encontro reunirá os ministros da Saúde dos países da Alba: Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, Cuba, Antígua e Barbuda, Dominica, Santa Lúcia, e São Vicente e Granadinas. Por sua vez, o comunicado da Chancelaria cubana afirmou ainda que a reunião contará com "chefes de Estado, assim como outros altos representantes dos países-membros da Alba e de organismos internacionais".

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O propósito do encontro será definir a forma como os países do bloco farão sua "contribuição comum frente a este importante desafio sanitário para evitar a propagação da doença na região da América Latina e do Caribe".

A cúpula da Alba em Havana é a primeira iniciativa regional contra o ebola na América Latina. Cuba anunciou o envio de 461 médicos para ajudar a combater o vírus em Serra Leoa, dos quais 165 começaram a trabalhar no começo de outubro ao lado de médicos voluntários de outros países.

A convocação dos presidentes da Alba é feita "em consonância com o chamado feito pelo secretário-geral das Nações Unidas (Ban Ki-moon) para unir os esforços internacionais na prevenção e no combate à epidemia de Ebola, que hoje afeta o oeste e o centro da África", acrescentou a Chancelaria.

A epidemia causada pelo vírus Ebola matou 4.493 pessoas de um total de 8.997 casos registrados em sete países (Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos), segundo o último registro divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira com base em dados coletados até 12 de outubro.

Con informações da AFP