Oposição se recusa a aceitar resultado eleitoral em Moçambique

A Renamo, principal partido opositor de Moçambique, não aceitou os resultados eleitorais que dão vantagem ao dirigente da organização política Frelimo na corrida presidencial, Filipe Nyusi.

Bandeira de Moçambique

"Não aceitamos o resultado destas eleições (…). Podemos dizer categoricamente que ganhamos esta eleição", disse à imprensa o porta-voz da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Antonio Muchanga.

Ele argumentou que "não é uma questão de vitória ou derrota, senão de transparência" e se queixou de irregularidades no processo eleitoral.

Dados preliminares indicaram que o candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) encabeça a apuração de votos com 63,02% contra 29,42% do líder da Renamo, Afonso Dhlakama.

A Secretaria Técnica da Administração Eleitoral (STAE) assegura que após contabilizados 1.254.102 votos, o ex-ministro da Defesa conseguiu 790.292 das cédulas. Enquanto que Dhlakama obteve 368.975 dos votos.

O líder do Movimento Democrático de Moçambique (ODM), Daviz Simango, localiza-se na terceira posição com um total de 94.835 votos, o que corresponde a 7,5%.

De acordo com as estatísticas, Nyusi vencia em quase todas as províncias, mas perdia ligeiramente para Dhlakama em duas das maiores zonas eleitorais: Nampula e Zambézia.

Os resultados finais das quintas eleições gerais na história nacional deverão ser oficialmente divulgados dentro de duas semanas.

Cerca de 11 milhões de moçambicanos, com direito ao voto, foram na última quarta-feira (15) às urnas para eleger a um novo presidente do país, 250 deputados da Assembleia Nacional e 811 membros das legislaturas provinciais.

Fonte: Prensa Latina