Hezbollah diz lutar na Síria para defender o Líbano e toda a região

Nesta segunda-feira (3), o Hezbollah afirmou que sua participação na guerra da Síria tem como objetivo a defesa do Líbano e de toda a região.

Hassan Nasrallah - Al-Akhbar

"Nossa luta na Síria (onde apoia o governo do presidente Bashar Al-Assad) é para evitar a hegemonia dos Estados Unidos, do sionismo (Israel) e dos takfiristas (terroristas islâmicos sunitas)", disse o secretário-geral do Hezbollah, Sayyid Hassan Nasrallah.

Ele negou que exista uma justificativa religiosa para o envolvimento no conflito sírio. O líder categoricamente descartou qualquer ligação com profecias esotéricas sobre o retorno de Al-Mahdi e advertiu que fazer a ligação de todos os incidentes com "sinais da aparição" é "um risco cultural e intelectual grave que só pode levar à decepção e a aberrações".

Nasrallah salientou que a intervenção militar do grupo de resistência na nação vizinha "não responde à implementação de sinais que são especulados como um prelúdio para a chegada do aguardado Mehdi".

Na escatologia islâmica, Al-Mahdi é o redentor profetizado do Islã que governará por sete, nove ou 19 anos antes do Dia do Juízo Final e salvará o mundo do mal.

Enquanto isso, o Exército continuou em partes do norte da cidade de Trípoli, onde há cerca de uma semana ocorreram violentos confrontos com militantes jihadistas sírios e libaneses, e foram presos suspeitos em Arsal, uma aldeia na fronteira com a Síria.

Os detidos em Arsal, que em agosto também viu confrontos pesados com terroristas sunitas, foram acusados de tentar entrar ilegalmente no país.

Tropas libanesas reforçaram a segurança, neste domingo (2), em Trípoli e no norte de Akkar, e fizeram buscas em um campo de refugiados sírios na vizinhança de Baddawi procurando suspeitos armados.

Operações similares com a criação de postos de controle e centros de monitoramento em estradas nas aldeias são realizadas em outras partes do país.

Com informações da Prensa Latina