EUA não aceitam pleito no Leste ucraniano e ameaçam Rússia com sanções
As autoridades dos EUA admitem a introdução de novas sanções contra Moscou caso os acordos realizados durante as reuniões em Minsk (capital da Bielorrússia) não sejam cumpridos.
Publicado 04/11/2014 09:59
A declaração foi feita pela representante do Conselho de Segurança junto da Casa Branca, Bernadette Meehan.
Washington ressaltou que condena as eleições de 2 de novembro nas proclamadas repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk e aponta que os norte-americanos estão preocupados com a declaração do Ministério das Relações Exteriores da Federação da Rússia de que Moscou considera este pleito como válido.
Meehan repetiu acusações de que a Rússia teria deslocado as suas tropas em direção à fronteira com a Ucrânia mas não apresentou informações complementares que confirmassem esta declaração.
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, pretende levantar no Conselho de Segurança e Defesa Nacional (CSDN) da Ucrânia a questão da revogação da lei de estatuto especial de Donbass.
“Uma das questões que eu irei colocar à discussão no CSDN será a revogação da lei sobre as particularidades da autonomia local de algumas regiões dos distritos de Donetsk e de Lugansk”, declarou Poroshenko num comunicado publicado no seu site.
“Essa lei desempenhou um papel extremamente importante para travar a intervenção estrangeira, para a mobilização do apoio mundial aos acordos de paz de Minsk e à sinceridade das intenções da Ucrânia para o esclarecimento da situação em Donbass. Nós demonstramos aos habitantes dos distritos de Donetsk e de Lugansk e ao mundo o sincero desejo de Kiev para uma regulação pacífica”, diz o comunicado.
No domingo (2), nas repúblicas de Donetsk e de Lugansk decorreram eleições para os cargos de deputados e dirigentes. As autoridades de Kiev tinham marcado anteriormente as eleições locais em Donbass para 7 de dezembro, considerando as eleições de 2 de novembro como uma violação dos acordos de Minsk.
Em Donetsk, no teatro dramático local, realizou-se a cerimônia de tomada de posse de Alexander Zakharchenko no cargo de dirigente da República Popular e Donetsk (RPD). Foram tomadas medidas especiais de segurança.
Zakharchenko jurou na Bíblia “cumprir honestamente os seus deveres”, depois que Romam Lyagin, presidente da Comissão Eleitoral Central, lhe entregou o documento de dirigente da RPD.
Na sala estiveram presentes dirigentes da RPD e deputados da Duma Estatal da Federação da Rússia (Parlamento). Segundo os últimos dados, Zakharchenko conquistou 75,5% dos votos dos eleitores.
Com informações da Voz da Rússia