Movimentos sociais fazem ato pela Reforma Política na capital paulista
O Comitê Estadual do Plebiscito pela Constituinte, composto por mais de 300 entidades e movimentos sociais, convoca a população a participar de um ato em defesa da Reforma Política nesta terça-feira (03). A atividade que contará com a presença de autoridades políticas, artistas, intelectuais e sociedade civil organizada acontece no Masp, na capital paulista, com concentração a partir das 18h e ato político por volta das 19h.
Publicado 03/11/2014 16:10

De acordo com Fátima Sandalhel, integrante do Comitê Estadual do Plebiscito pela Constituinte, a resposta dos movimentos sociais às manifestações dos setores conservadores e reacionários realizadas nos últimos dias, que chegaram a pedir intervenção militar e impeachment da presidenta Dilma, é o debate. “Vamos propor o debate para politizar porque entendemos que a Reforma Política é uma necessidade”, disse.
Para o secretário nacional de Políticas Sociais da CTB, Rogério Nunes, este momento é importante para os movimentos sociais ocuparem as ruas e defender os direitos eleitos pelo povo brasileiro nas urnas no último dia 26 de outubro. “Há setores reacionários que querem deslegitimar a escolha do povo, e é papel dos movimentos sociais justamente defender as conquistas populares”, esclarece.
Segundo ele, a CTB vai participar da atividade por entender que a Reforma Política é importante para dar continuidade ao processo de vitorias populares conquistadas nos últimos doze anos. Sobre o setor bastante conservador que assume o Congresso em 2015, Rogério afirma que os movimentos sociais devem fortalecer ainda mais a pressão nas ruas para evita retrocessos.
Um dos organizadores da atividade, Leôncio Junior, critica o discurso “anti-política”, propagado pela imprensa hegemônica e pelas redes sociais e destaca a iniciativa de os movimentos sociais tomarem as ruas para “demonstrar que só possível fazer as mudanças que o país necessita com participação popular”.
Um dos pontos da Reforma Política destacados por Leôncio é o fim financiamento privado de campanha, ele acredita que este modelo prejudica a democracia por tornar os candidatos “reféns das grandes empreiteiras, bancos e outros setores econômicos”.
Vale lembrar que durante a semana da pátria, de 1 a 7 de setembro, centenas de movimentos sociais foram às ruas conscientizar a população sobre a importância da Reforma Política e coletar assinaturas em defesa do plebiscito pela Constituinte, mais de sete milhões de pessoas votaram “Sim”.
Veja mais informações sobre o ato no evento oficial no Facebook.
Mariana Serafini, da redação do Vermelho