Sindicatos e oposição culpam governo espanhol por desemprego
Sindicatos e oposição coincidiram, nesta terça-feira (4), na Espanha, em atribuir à política oficial o aumento do desemprego em 79.154 pessoas em outubro, como informou o Ministério de Emprego e Segurança Social.
Publicado 04/11/2014 14:04

A central sindical Comissões Operárias opinou que o aumento demonstra que está longe da realidade o discurso triunfalista do governo, diante da fragilidade da recuperação e da dependência da economia das atividades turísticas de temporada.
Quando acaba o verão e desaparecem as atividades de temporada, o emprego temporário cai e os dados voltam ao negativo, expressou em nota de imprensa Ramón Górriz, secretário da Ação Sindical e Emprego dessa organização de classe.
A União Geral de Trabalhadores, por sua vez, considerou que três meses consecutivos de aumento do desemprego demonstram a desaceleração da economia espanhola frente à pretendida recuperação.
Uma declaração do sindicato coincide em que se está criando emprego vinculado à temporada, parcialidade involuntária e subemprego e demandou reforçar a proteção por desemprego, em particular aos parados por muito tempo.
O representante federal de Economia e Emprego do Esquerda Unida, José Antonio García, considerou que o governo é incapaz de controlar a deterioração do mercado de trabalho e os estímulos econômicos não corrigem os efeitos da reforma trabalhista.
Ao chamar a atenção para que em outubro só 8,75% dos contratos foram não temporários e, deles, quase a metade são por jornada parcial, a Esquerda Unida advertiu sobre a necessidade de criar emprego de qualidade.
Além disso, o porta-voz parlamentar do Partido Socialista Operário Espanhol, Antonio Hernando, considerou um mau dado a alta do desemprego, acompanhada de uma diminuição do ritmo de afiliação à Segurança Social.
A evolução do desemprego, sublinhou, aumenta a incerteza e as dúvidas sobre a suposta recuperação da economia.
Fonte: Prensa Latina