Ancine anuncia maior operação de digitalização de salas de cinema 

O governo financiará a iniciativa mais ampla já realizada para digitalização das salas de cinema brasileiras. Cerca de R$ 123,3 milhões serão investidos na substituição do formato analógico, com projetores de película de 35 mm, pelo padrão digital atual. Ao todo, 770 salas de cinema nacionais serão digitalizadas, incluindo pequenos exibidores.

Brasil de Todas as Telas anuncia maior operação de digitalização de salas de cinema do País

O projeto será realizado por meio da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que já aprovou financiamento de R$ 123,3 milhões à Quanta DGT, do Grupo Telem, para que 770 salas de cinema de empresas nacionais possam migrar para o novo padrão tecnológico digital.

Os recursos são oriundos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), administrado pela Ancine. Os créditos serão concedidos pelo BNDES por meio da Linha de Digitalização do Programa Cinema Perto de Você, um dos eixos do Brasil de Todas as Telas.

A migração das salas de cinema para o padrão digital ampliará o mercado interno de cinema e acelerará a implantação e modernização de salas no Brasil, facilitando acesso da população aos filmes, documentários, entre outros.

A partir de 2015, os principais estúdios distribuidores deixarão de comercializar cópias em película de 35 mm (rolo de filme), passando a operar apenas em meio digital, o que inviabilizará no longo prazo a operação de salas de cinema não digitalizadas.

“O financiamento abrange não apenas grandes grupos, mas também pequenos exibidores. Neste sentido, do valor total de R$ 123,3 milhões, cerca de R$ 2,7 milhões são recursos não-reembolsáveis que contribuem para diferenciar os custos da linha para exibidores até 4 salas, facilitando o acesso à digitalização aos grupos e salas de menor porte”, informa o BNDES.

Além da redução dos custos operacionais, o projeto permitirá a geração de receita adicional para os exibidores, pela possibilidade de implantação de novos modelos de negócios, como a exibição de shows, espetáculos, eventos esportivos e corporativos ao vivo, reduzindo a ociosidade das salas e aumentando suas taxas de ocupação. A operação prevê também a capacitação de projecionistas na nova tecnologia.

Segundo estimativa da Ancine, até outubro de 2014, o parque exibidor brasileiro apresentava 2.800 salas, das quais cerca de 60% digitalizadas. A agência estima que até o fim do ano a digitalização alcance 80% do parque e que o processo seja concluído nos primeiros meses de 2015.

Fonte: Blog do Planalto
Com informações de Ancine e BNDES.