Chefes de Estado enaltecem Brasil por avanços no Plano de Ação
Os líderes do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) reunidos na cúpula do G20 cumprimentaram, neste sábado (15) o Brasil pelo êxito da 6ª Cúpula do Brics e notaram os avanços na implementação do Plano de Ação de Fortaleza.
Publicado 16/11/2014 12:55
Ressaltaram que a assinatura dos acordos para o estabelecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e do Arranjo Contingente de Reservas (ACR) conduziram a cooperação entre os Brics a um patamar fundamentalmente novo, com a criação de ferramentas que contribuem para a estabilidade do sistema financeiro internacional.
Eles ainda manifestaram seu compromisso com vistas à ratificação célere de ambos os instrumentos.
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Os líderes foram informados sobre os avanços na implementação do Plano de Trabalho para o estabelecimento do NBD e solicitaram a seus Ministros de Finanças que designem o Presidente e os Vice-Presidentes do NBD com bastante antecedência à próxima Cúpula do BRICS na Rússia.
Também anunciaram a formação do Conselho de Administração Interino que conduzirá a próxima etapa do estabelecimento do NBD.
Os chefes de estados pediram a seus ministros de finanças e presidentes de bancos centrais que garantam que, até a próxima Cúpula Brics, o Grupo de Trabalho do ACR conclua a elaboração das regras processuais e diretrizes operacionais do Conselho de Governadores e do Comitê Permanente do ACR.
Também solicitaram a seus presidentes de Bancos Centrais que assegurem que o Acordo entre Bancos Centrais, previsto no ACR, seja concluído até a Cúpula na Rússia.
Eles intercambiaram impressões e compartilharam suas perspectivas sobre as principais questões da agenda da Cúpula do G20, bem como os resultados esperados, inclusive medidas para promover o crescimento e a criação de empregos; investimento e infraestrutura; comércio; fortalecimento do sistema financeiro e cooperação em matéria tributária; e questões energéticas.
A respeito da economia mundial, seis anos depois do início da crise financeira internacional, os líderes observaram que uma recuperação forte e duradoura ainda está por se materializar.
Economias emergentes de mercado têm contribuído para a atividade econômica global ao manterem taxas de crescimento elevadas, a despeito de circunstâncias adversas e dos impactos das políticas das principais economias avançadas, sobretudo as monetárias.
Os líderes tomaram nota dos esforços do G20, mas ressaltaram que é preciso fazer mais para sustentar a demanda global no curto prazo, especialmente por parte das economias avançadas, e para promover um incremento do investimento e do potencial de crescimento de longo prazo.
Falou-se ainda que investimentos e reformas econômicas são crucialmente importantes para aumentar a demanda e alavancar o crescimento de longo prazo.
Economias emergentes de mercado permanecem, em geral, bem preparadas para enfrentar choques externos.
Fonte: Portal Brasil