Donizete: “Queremos ter mais jovens e mulheres em nosso Distrital”

O secretário político do Distrital de Pirituba, Antônio Donizetti Rodrigues da Cunha, abre a série "de entrevista "Mosaico Vermelho" que o Boletim Paulistano fará com os dirigentes distritais do PCdoB.

- Ana Flávia Marx

O objetivo é mostrar as diferenças e similaridades entre a atuação dos comunistas na cidade, suas raízes e a perspectiva de crescimento da legenda na maior cidade do país.

Conhecido como ‘Cabeça Branca’, os cabelos brancos de Donizetti evidenciam a experiência e trajetória de lutas do dirigente. Mecânico de manutenção, tem 56 anos nos quais passou 34 anos nas fileiras comunistas.

Doni lembra com carinho de momentos que o emocionaram, como a paralização que fechou a Rodovia Anhanguera contra a instalação do lixão em Perus e de várias greves que ocorreram nas fábricas da região na década de 90.

Outra lembrança que faz o militante encher os olhos de lágrimas é a preservação do Parque do Jaraguá, símbolo da região.

“Em 1999 fizemos uma luta contra a privatização do parque do Jaraguá com um grande evento cultural, mas infelizmente o movimento foi reprimido com violência pela Polícia Militar”, relembra.

Sobre a atual militância do Partido na região, Doni diz que é bastante heterogênea, pois dialoga com realidade que é diferente de anos atrás.

“Temos nos bairros operários, profissionais liberais, donas de casas, entre outros segmentos, e a atuação partidária é de acordo com as demandas de cada setor, conforme a inserçao e realidade de cada um”, relatou.

O futuro do Partido na região é trilhado para atingir mais jovens e mulheres. “Penso que conseguiremos superar a grande demanda que é ter em nossas fileiras um maior número de jovens e mulheres na composição na nossa direção”, projetou Donizetti.

Quando questionado sobre o que estará fazendo com o Partido Comunista completará seus cem anos de existência, Doni não tem dúvidas: “Contribuindo com a luta de ideias por um Brasil e um mundo mais humano e igualitário”

De São Paulo, Ana Flávia Marx