Chile expressa compromisso no combate à violência contra a mulher

A presidenta chilena, Michelle Bachelet, reiterou sua responsabilidade no combate à violência contra a mulher, em um país que soma 39 feminicídios e 92 tentativas frustradas neste ano.

Bachelet - Scott Eells/ Bloomberg

“Somente se formos capazes de fazer deste um tema de cada dia, de cada ato, iremos combatendo passo a passo a violência contra a mulher em todas suas formas e em todos os espaços”, disse.

“Quero assegurar a todos vocês que é meu compromisso como presidenta e o de meu governo”, acrescentou a chefe de Estado durante um ato pelo Dia Internacional de Eliminação da Violência contra a Mulher.

No Chile, uma mulher demora em média sete anos para fazer uma denúncia por violência doméstica.

De acordo com os últimos números entregues pelo Ministério do Interior (2013), uma em cada três mulheres sofreu ou sofre violência, o que se traduz em quase três milhões, assinala um relatório.

“Temos a urgência de que, se uma mulher chegar a ser vítima de violência, coloquemos todas as ferramentas do Estado para protegê-la, apoiá-la e fazer os responsáveis enfrentarem o peso da justiça”, afirmou Bachelet.

No início de novembro, a ministra do Serviço Nacional da Mulher, Claudia Pascal, lançou uma nova campanha de combate à violência contra as mulheres.

“Não podemos só nos ocupar quando ocorre uma grave agressão e se transforma em um feminicídio ou um feminicídio frustrado. É preciso estar alerta muito antes, acompanhando o processo porquê uma mulher que sofre violência, não sofre só uma vez, mas anos de violência, de isolamento, sem ter respaldo”, disse.

No Chile, há 96 Centros da Mulher distribuídos por todo o território, que oferecem serviços de prevenção e atenção psicológica e legal ambulatória a mulheres vítimas e 24 Casas de Acolhimento para as que se encontram em situação de risco grave por causa de violência, expôs.

Também citou a instalação de 25 novas Casas em diferentes regiões prometidas no programa de governo da presidenta Bachelet, quatro delas próximas da inauguração.

A ministra acrescentou que existem centros de atenção para homens agressores, um em cada região do país, três centros no caso de violência sexual e uma casa para tratamento de pessoas.

“A isso se soma o telefone com um dispositivo de emergência para mulheres que estão em perigo, que lhes permite se comunicar rapidamente tanto com Carabineiros (polícia), Investigações ou a Promotoria para ir rapidamente fazer sua proteção”, agregou Pascal.

Fonte: Prensa Latina