China condena ações violentas de manifestantes em Hong Kong

O governo de Hong Kong condenou, nesta segunda-feira (1º/12), veementemente, as ações violentas dos manifestantes que tentaram romper as barreiras policiais e bloquear a sede do governo da região. Na madrugada deste domingo (30) para segunda-feira, houve fortes confrontos entre policiais e protestantes na rua Lung Wo.

Manifestações em Hong Kong - BBC

Vários levantamentos realizados com residentes locais indicam que a maioria das pessoas quer pôr fim às manifestações e recuperar o trânsito. “No entanto, alguns grupos, indiferentes às intenções populares, insistem na escalada da violência, e sacrificam os interesses da população”, ressaltou o porta-voz do governo de Hong Kong.

Para o governo, qualquer discussão sobre a reforma política de Hong Kong deve ser realizada com base na Lei Básica da Região Administrativa Especial e nas decisões do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional. “Ações que ignoram ou distorcem os princípios só irão prejudicar o sistema político e a democracia de Hong Kong”, concluiu o porta-voz.

O governo central da China e o governo regional de Hong Kong também repudiaram o envio da missão do Parlamento britânico para investigar o "Movimento de Ocupação do Centro" em Hong Kong, afirmou nesta segunda-feira a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying.

Ao responder a uma pergunta sobre o tema durante uma coletiva de imprensa rotineira, Hua disse que a China se opõe firmemente à intervenção nos assuntos de Hong Kong por qualquer governo, entidade ou indivíduos estrangeiros.

Conforme a porta-voz, a China já exigiu várias vezes à parte britânica que cancele a viagem da missão. Hua destacou que, se certos membros do Parlamento britânico insistirem em suas decisões, a ação prejudicará as relações entre os dois países.

Os protestos ocorrerem por conta das eleições programadas para 2017. Estudantes e outros grupos locais exigem mudanças na forma de escolha das lideranças de Hong Kong.

Fonte: Rádio China Internacional