Chanceleres da Unasul reúnem-se no Equador

Os chanceleres dos países membros da União de Nações Sulamericanas (Unasul) se reuniram nesta quinta-feira (4) em Guaiaquil, no Equador, em preparação para a cúpula presidencial do bloco regional, que será realizada no mesmo local.

Unasul - Unasul

A reunião do Conselho de Ministros de Relações Exteriores foi feita a portas fechadas no Centro Cívico Eloy Alfaro, onde depois se celebrará o encontro entre os presidentes da Argentina, da Bolívia, do Brasil, da Colômbia, do Chile, do Equador, da Guiana, do Paraguai, do Peru, de Suriname, do Uruguai e da Venezuela.

Entre os temas que serão abordados pelos chefes de Estado está a possibilidade de estabelecer um passaporte único que garanta a livre mobilidade dos 400 milhões de habitantes da região, segundo adiantou na quarta-feira o secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper.

O ex-presidente colombiano (1994-1998) também sublinhou que o trabalho do bloco fundado em 2008 gira ao redor de três eixos principais: econômico, político e social, esclarecendo também que o objetivo fundamental é o de erradicar a pobreza.

Por sua vez, o chanceler do Equador, Ricardo Patiño, apontou que além da luta contra a pobreza, a Unasul deve focar em outros aspectos.

Entre outros, citou a defesa dos recursos naturais, a configuração de uma matriz produtiva de baixo custo, aumentar a conectividade, consolidar a região como zona de paz e criar instâncias próprias para a solução de controvérsias em matéria de investimentos.

De acordo com o chefe da diplomacia equatoriana, outros desafios são a diversificação das economias, a democratização da comunicação, o fortalecimento dos processos de participação cidadã e a criação de uma nova arquitetura financeira.

Na cúpula desta quinta-feira, também será realizada a passagem da presidência temporal do Suriname para o Uruguai, cujo presidente, José Mujica, receberá uma homenagem de seus pares sul-americanos.

Após a cerimônia, Mujica, que por recomendação médica não estará presente amanhã à inauguração da sede da Unasur nos arredores de Quito, situada a 2.850 metros de altitude, onde pronunciará um discurso de despedida.

Fonte: Prensa Latina