Marco A. Gandásegui: A Revolução Cubana e os direitos humanos

Desde a Revolução Cubana em 1959, o país caribenho destacou-se tanto por sua política centrada em assegurar o bem-estar de sua população como por sua solidariedade internacional. Ambas políticas sustentadas na promoção dos direitos humanos consagrados na Carta das Nações Unidas (ONU).

Por Marco A. Gandásegui*, na Prensa Latina

Entrada de Fidel em Havana em 1959

Precisamente, organizações como a ONU e a OEA têm reconhecido os altos níveis de vida atingidos pelo cubanos bem como sua contribuição às causas humanitárias dos povos a escala mundial.

A Revolução Cubana tem conseguido que os direitos humanos de todos os filhos de Martí se afiancem apesar do bloqueio dos Estados Unidos. Washington tem usado por mais de meio século seu poder econômico e militar numa tentativa por isolar a Cuba do resto do mundo, especialmente da América latina.

O país do norte declara, abertamente, que sua intenção é socavar a economia cubana e mudar o sistema de governo. Os porta-vozes norte-americanos afirmam que em lugar dos atuais governantes revolucionários, poriam empresários amigáveis a seus interesses.

Através de suas agência de segurança nacional os Estados Unidos tentam, permanentemente, desestabilizar ao governo cubano. Para contrarrestar as iniciativas contrarrevolucionarias o governo cubano tem organizado suas forças armadas e um serviço de inteligência de primeiro nível.

A quinze anos num momento de "degelo", Cuba identificou a vários de seus agentes para cooperar com Washington. A Casa Branca traiu a boa fé do governo da ilha caribenha e prendeu aos Cinco Heróis que foram condenados a longas penas de cárcere.

Até o dia de hoje, três dos Cinco Heróis esperam recuperar sua liberdade para regressar a seus respectivos lares em Cuba. O povo cubano e suas organizações não descansam em sua luta por fazer justiça.

Os povos do mundo e, inclusive, o norte-americano, se solidarizam com os Cinco Heróis e aproveitam todas as tribunas para exigir a liberdade de Antonio Guerreiro, Gerardo Hernández e Ramón Labañino, quem ainda permanecem em prisão.

Apesar da agressão constante dos Estados Unidos, Cuba continua construindo a sociedade nova que promete sua Revolução. Na atualidade, está a criando novos mecanismos para incorporar mais trabalhadores aos sectores com maior produtividade.

As mudanças irão permitir-lhes inserir-se melhor na economia mundial que lhes oferece os bens e serviços que complementam as demandas do povo para continuar avançando para as metas definidas pela Revolução.

Os povos do mundo aplaudem os lucros da Revolução cubana e apoiam seu modelo econômico e social de desenvolvimento, consonante com os direitos humanos. Ao mesmo tempo, condena o bloqueio que tem mais de cinquenta anos. Também exige a liberdade dos três patriotas cubanos encarcerados injustamente.

*Sociólogo, catedrático da Universidade do Panamá, analista político, escritor, jornalista