Revolução completa 56 anos e Cuba comemora sua segunda vitória

Entre todas as revoluções populares da América Latina, a de Cuba vitoriosa no dia 1º de janeiro de 1959, conseguiu fazer fracassar a estratégia de dominação dos Estados Unidos, mesmo sendo cruelmente sabotada, bloqueada e embargada prejudicando seu desenvolvimento e levando muitos sacrifícios ao povo. Nesta quinta-feira (1º /1), os cubanos celebram o 56º aniversário do Triunfo da Revolução, mas têm um motivo a mais para comemorar: a reaproximação diplomática com os EUA.

Entrada de Fidel em Havana em 1959

Se o ano de 1959 significou a materialização dos sonhos daqueles que lutaram pela independência de Cuba, para os habitantes da ilha caribenha, o início do ano de 2015 representa a esperança de novas conquista, baseadas em um crescimento mais sólido da economia e a reanimação dos setores produtivos.

Há 56 anos, quando o governo revolucionário iniciou o desmantelamento do sistema político neocolonial, se dissolveram os organismos repressivos e garantiu aos cidadãos, pela primeira vez, o exercício pleno de seus direitos. A chegada da Revolução constituiu a dignificação do ser humano como centro e motivação da direção revolucionária, que assumiu com prontidão as transformações necessárias.

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Em 1962, o presidente John F. Kennedy ordenou a implementação do bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba, com o qual os cidadãos são obrigados a conviver desde então. Este é o preço mais alto pago pela soberania do país.

Durante o ano 2014 Cuba estreitou vínculos em política exterior com diferentes nações, o que inclui o restabelecimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos. Por fim, os norte-americanos assumiram que “fracassaram” na tentativa de isolar a ilha e isso representou a segunda vitória da Revolução liderada por Fidel Castro.

Apesar de estar pendente o principal obstáculo à aproximação mútua, que é o bloqueio econômico, comercial e financeiro que Washington mantém contra a ilha caribenha há mais de 50 anos, diversos setores nos Estados Unidos e em todo mundo viram neste anúncio uma esperança para uma maior tranquilidade entre os dois países.

O governo da ilha continuará honrando estritamente os compromissos assumidos pelos revolucionários de outrora, mas, em 2015, pretende avançar com a atualização de seu modelo econômico e, com isso, recuperar a credibilidade internacional da economia cubana.

Théa Rodrigues, da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Prensa Latina