COP 20 chega ao fim buscando um novo acordo climático

A 20ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática termina, nesta sexta-feira (12), com o esboço de um novo acordo, que os países da América Latina pedem que seja vinculante e reconheça o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas.

Cop 20

Ainda quando há muitos sinais positivos quanto a conseguir um texto adequado, para confirmá-lo terá que esperar até o final das sessões, que podem ser estendidas até a madrugada de sábado (13).

Até o Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, fez um chamado à comunidade internacional “para fazer da mudança climática um tema central para agora, já que” – considerou – “um acordo amplo não é uma opção, mas uma necessidade”.

Kerry referiu-se ao acordo alcançado com a China, dias atrás: "sentimo-nos orgulhosos do acordo com a China. Temos compromissos com os três maiores emissores do mundo. É suficiente? Não. Mas é um início", disse. Estados Unidos e China representam 40% das emissões globais.

"E não é segredo que tivemos desacordos no passado. Mas unimo-nos, e temos anunciado compromissos pós 2020. Esperamos que mais países se somem a isto", indicou o secretário de Estado norte-americano.

Historicamente, Estados Unidos tem sido o principal emissor de gases na atmosfera, e um dos poucos governos que não ratificou o Protocolo de Kyoto de 1997, um acordo internacional vinculante para reduzir as emissões.

Recentemente anunciou que se comprometia a reduzir 28% de suas emissões para 2025. Por sua vez, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, assinalou que "como nunca antes há um entendimento compartilhado de que devemos estar juntos nisto, porque juntos é a única forma em que transformaremos esta crise em oportunidade", expressou.

Ressaltou que na última semana se superou o montante de 10 bilhões de dólares destinado ao Fundo Verde para o Clima, que tem como objetivo financiar as ações de mitigação e adaptação à mudança climática nas nações em via de desenvolvimento.

Também chamou os países a realizar uma contribuição adicional, e assinalou que não poderá se erradicar a pobreza sem fortalecer a resistência climática ou sem utilizar "fontes de energias mais limpas e seguras".

Fonte: Prensa Latina