Artigo – IEMA: uma grande sacada para o desenvolvimento do Maranhão
No próximo dia 16 de janeiro, o estado do Maranhão comemorará 105 anos de implantação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica em seu território. Essa comemoração poderá vir acompanhada de um grande reforço para formação tecnológica e científica da população de nosso estado.
Publicado 15/12/2014 11:13 | Editado 04/03/2020 16:45
Mesmo se considerando o marco inicial dessa rede federal a assinatura do Decreto 7.566, de 23 de setembro de 1909, o qual cria as “Escolas de Aprendizes Artífices” nas 19 capitais, incluindo São Luís, a escola dos Artífices do Maranhão só fora implantada em 16 de janeiro de 1910, recebendo, na segunda metade da década de 1930, a denominação de Liceu Industrial de São Luís e tendo seu funcionamento no Bairro do Monte Castelo – onde atualmente funciona o Campus São Luís Monte Castelo do IFMA.
Mesmo se considerando o marco inicial dessa rede federal a assinatura do Decreto 7.566, de 23 de setembro de 1909, o qual cria as “Escolas de Aprendizes Artífices” nas 19 capitais, incluindo São Luís, a escola dos Artífices do Maranhão só fora implantada em 16 de janeiro de 1910, recebendo, na segunda metade da década de 1930, a denominação de Liceu Industrial de São Luís e tendo seu funcionamento no Bairro do Monte Castelo – onde atualmente funciona o Campus São Luís Monte Castelo do IFMA.
Em 1942,foram transformadas em Escolas Industriais e Técnicas, momento em que o Liceu Industrial de São Luís passou a ser a Escola Técnica Federal de São Luís, permanecendo com essa denominação até agosto de 1965, quando foi transformada em Escola Técnica Federal do Maranhão. Esta última foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão, CEFET-MA, em 1989, tendo suas atribuições ampliadas para graduação e pós-graduação.
Com a sanção da Lei 11.892, em 29 de dezembro de 2008, foram criados 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia os quais passam a constituir, juntamente com os CEFETsRJ e MG; as Escolas Técnicas vinculadas às Universidades Federais e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA, foi criado pela mesma lei, mediante integração do CEFET-MA e das Escolas Agrotécnicas Federais de Codó, de São Luís e de São Raimundo das Mangabeiras. A partir daí o IFMA sofreu ampla expansão, chegando a 30 campi em todo o Maranhão, atingindo, em 2014, o expressivo número de, aproximadamente, 32 mil alunos em cursos técnicos de nível médio, de graduação e pós graduação. Sem dúvida isso representa grande impacto no desenvolvimento regional, haja vista que se leva educação pública gratuita e de qualidade a diversas regiões do estado, incluído ensino, pesquisa e extensão.
Recentemente, tanto o governador eleito do Maranhão, Flávio Dino, quanto seu secretário de Ciência e Tecnologia, anunciaram a criação do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IEMA, o que será, possivelmente, a grande cartada do novo governo, caso venha a se concretizar no modelo dos institutos federais.
Dessa forma, será possível levar ensino, pesquisa e extensão, com qualidade, de acordo com a realidade local, na perspectiva de formar técnicos, formar, capacitar e pós-graduar professores e demais profissionais de um estado pobre como o nosso, desde a capital até os mais longínquos municípios. Isso é possível, é proporcionar crescimento, transferir conhecimento e tecnologia com cidadania.
E não há porque se falar em concorrência do IEMA com outras instituições, como UEMA, por exemplo, pois não há sobreposição de interesses, assim como não há concorrência de IFMA com UFMA, ambos federais, oferecendo cursos de graduação e pós graduação. Muito pelo contrário, essas instituições se complementam e, juntas não têm vencido a demanda reprimida do estado.
Basta observar que em algumas cidades do Maranhão se tem IFMA, UFMA, UEMA e faculdades particulares e, ainda assim, se tem falta de professores de muitas disciplinas da educação básica, dentre outros profissionais.
Nesse sentido, é louvável a iniciativa do governador eleito Flávio Dino de criar o IEMA, nos moldes dos IF’s, como uma grande ferramenta de desenvolvimento rápido e eficaz desse estado que tanto precisa de conhecimento e qualificação de sua população.
* Diretor de Ensino Técnico do IFMA – Monte CasteloEm 1942,foram transformadas em Escolas Industriais e Técnicas, momento em que o Liceu Industrial de São Luís passou a ser a Escola Técnica Federal de São Luís, permanecendo com essa denominação até agosto de 1965, quando foi transformada em Escola Técnica Federal do Maranhão. Esta última foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão, CEFET-MA, em 1989, tendo suas atribuições ampliadas para graduação e pós-graduação.
Com a sanção da Lei 11.892, em 29 de dezembro de 2008, foram criados 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia os quais passam a constituir, juntamente com os CEFETsRJ e MG; as Escolas Técnicas vinculadas às Universidades Federais e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA, foi criado pela mesma lei, mediante integração do CEFET-MA e das Escolas Agrotécnicas Federais de Codó, de São Luís e de São Raimundo das Mangabeiras. A partir daí o IFMA sofreu ampla expansão, chegando a 30 campi em todo o Maranhão, atingindo, em 2014, o expressivo número de, aproximadamente, 32 mil alunos em cursos técnicos de nível médio, de graduação e pós graduação. Sem dúvida isso representa grande impacto no desenvolvimento regional, haja vista que se leva educação pública gratuita e de qualidade a diversas regiões do estado, incluído ensino, pesquisa e extensão.
Recentemente, tanto o governador eleito do Maranhão, Flávio Dino, quanto seu secretário de Ciência e Tecnologia, anunciaram a criação do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IEMA, o que será, possivelmente, a grande cartada do novo governo, caso venha a se concretizar no modelo dos institutos federais.
Dessa forma, será possível levar ensino, pesquisa e extensão, com qualidade, de acordo com a realidade local, na perspectiva de formar técnicos, formar, capacitar e pós-graduar professores e demais profissionais de um estado pobre como o nosso, desde a capital até os mais longínquos municípios. Isso é possível, é proporcionar crescimento, transferir conhecimento e tecnologia com cidadania.
E não há porque se falar em concorrência do IEMA com outras instituições, como UEMA, por exemplo, pois não há sobreposição de interesses, assim como não há concorrência de IFMA com UFMA, ambos federais, oferecendo cursos de graduação e pós graduação. Muito pelo contrário, essas instituições se complementam e, juntas não têm vencido a demanda reprimida do estado.
Basta observar que em algumas cidades do Maranhão se tem IFMA, UFMA, UEMA e faculdades particulares e, ainda assim, se tem falta de professores de muitas disciplinas da educação básica, dentre outros profissionais.
Nesse sentido, é louvável a iniciativa do governador eleito Flávio Dino de criar o IEMA, nos moldes dos IF’s, como uma grande ferramenta de desenvolvimento rápido e eficaz desse estado que tanto precisa de conhecimento e qualificação de sua população.
Prof. Dr. Rogério de Mesquita Teles – Diretor de Ensino Técnico do IFMA – Monte Castelo