França não previu atual situação na Líbia, diz ministro de Defesa

A França superestimou em 2011 a capacidade das forças líbias para garantir a transição política após a derrubada de Muamar Kadafi, opinou nesta terça-feira (16) o ministro de Defesa, Jean-Yves Le Drian.

Líbia - MSC

Le Drian reconheceu dessa maneira a desordem existente no país, em que centenas de milícias rivais disputam o controle de bairros e cidades, afirmam meios de comunicação.

O ministro francês opinou que a mediação da comunidade internacional para solucionar o imprevisto não deve ir em direção a uma nova intervenção estrangeira neste país.

O funcionário público assiste no Senegal a um foro sobre paz e segurança na África, onde o governo francês deu as costas ao gerenciamento do espanhol Bernardino León, a cargo da missão do enviado especial das Nações Unidas para Líbia.

No contexto do foro, Le Drian revelou uma proposta do Palácio do Eliseu para criar um escritório de ligação que coordene a luta de Camarões, Nigéria, Níger e Tchade contra a milícia Boko Haram.

"É apoio organizativo, de comando, o que Paris oferece a essas quatro nações, através da criação de um escritório de ligação em N'Djamena", sublinhou.

França e Reino Unido lideraram há três anos uma questionada operação militar na Líbia, conduzida por meio da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Otan, que culminou com o assassinato do líder líbio Muamar Kadafi, lembram os meios de comunicação.

Fonte: Prensa Latina