Farc e governo encerram ciclo dos diálogos de paz na Colômbia

O 31º ciclo dos diálogos de paz na Colômbia termina nesta quarta-feira (17) com o anseio tanto dos representantes do governo, quanto da delegação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), de reduzir o impacto dos conflitos nas comunidades, como uma forma de reconhecimento para as vítimas.

Diálogos de paz Farc - Telesur

Na terça-feira (16), o quinto e último grupo de vítimas do conflito que participa desta etapa das negociações, ofereceu seu ponto de vista e propostas, liderados pelo ex-vice-presidente Humberto de la Calle e pelo comandante guerrilheiro Iván Márquez.

Os afetados pelo conflito pediram que as partes realizem gestos concretos que permitam gerar confiança no processo de paz. O grupo também instou a sociedade colombiana para promover uma mudança de mentalidade que incentiva a participação ativa dos cidadãos neste esforço.

Com este grupo de vítimas se completa o total de 60 pessoas selecionadas pela Conferência Episcopal da Colômbia, do escritório das Nações Unidas e da Universidade Nacional para participar dos diálogos de paz em Havana.

O conflito

Em mais de meio século, o conflito armado deixou mais de seis milhões de vítimas, até o momento, e cerca de 230 mil mortos. Em 2012. o governo de Juan Manuel Santos e as Farc iniciaram, em Cuba, um diálogo de paz, mas sem decretar um cessar-fogo na Colômbia.

Esta é a quarta tentativa de alcançar a paz com as Farc, a principal guerrilha do país e a mais antiga da América Latina, criada em 1964. O atual processo com as Farc já alcançou consensos parciais em três dos seis temas na agenda: reforma agrária, participação política da guerrilha e solução ao problema das drogas ilícitas.

Da redação do Portal Vermelho,
Com inofrmações da Telesur