Evento debate impacto do desenvolvimento na saúde do trabalhador 

 A 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CNSTT), que aconteceu esta semana – de segunda a quinta-feira (15 a 18) – em Brasília, debateu o tema “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, Direito de Todos e Todas e Dever do Estado”.

Evento debate impacto do desenvolvimento na saúde do trabalhador - PR

O evento, que reuniu autoridades do governo federal e representantes das centrais sindicais, aprovou propostas para a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, discutiu o Desenvolvimento socioeconômico e seus reflexos na saúde do trabalhador e da trabalhadora.

Na abertura do evento, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, leu a mensagem da presidenta Dilma Rousseff, em que ressaltou o compromisso de seu governo com uma Política Nacional de Saúde cada vez mais integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

E destacou também o fato de ter assinado na própria segunda-feira (15), o decreto de convocação para a 15ª Conferência Nacional de Saúde, evento que, nas palavras da presidenta, ajuda “a promover um país mais saudável, inclusivo e justo”.

Chioro listou desafios da saúde a partir do desenvolvimento sustentável, entre os quais qualificar a capacidade produtiva e articular com o peso político de todas as centrais sindicais, do Ministério Público do Trabalho, de todo o governo e da sociedade.

“Evidentemente que nós mulheres, com a tripla jornada de trabalho, sofremos um adoecimento muito maior e diferenciado do que sofrem os homens. Que as mulheres coloquem estas questões do adoecimento, pois são elas que convivem com o sofrimento e podem aquilatar o impacto no cotidiano de suas vidas", disse a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Eleonora Menicucci.

Reforma democrática

A presidenta do Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro de Souza, enfatizou que o evento debateu a reforma democrática do Estado. “Discutimos o modelo do desenvolvimento que mata e adoece. Não queremos desenvolvimento em cima do silêncio e do adoecimento do trabalhador que põe a comida na mesa da população”, afirmou.

A organização do evento destacou ainda o fato de que o Brasil é o quarto país com mais mortes por trabalho, com quase três mil mortes por ano.

Para enfrentar esse problema, o evento discutiu mecanismos do controle social nas ações de saúde do trabalhador e da trabalhadora; a efetivação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, considerando os princípios da integralidade e intersetorialidade nas três esferas de governo e o financiamento da Política Nacional de Saúde do Trabalhador, nos municípios, Estados e União.

Da Redação em Brasília
Com agências