Presidente palestino demonstra firmeza diante de arrogância de Israel

A Palestina não sucumbirá à hegemonia e à opressão israelense, afirmou na capital da Argélia o presidente Mahmoud Abbas em declarações divulgadas nesta quarta-feira (24) pelos meios de comunicação locais.

O mandatário, que teve na terça-feira uma audiência com seu colega argelino Abdel Aziz Bouteflika, advertiu que suspenderá a cooperação com o governo de Tel Aviv se o projeto apresentado ao Conselho de Segurança da ONU for vetado.

O projeto de resolução, apresentado pela Jordânia, estipula um prazo de dois anos para a retirada das tropas israelenses dos territórios ocupados e a proclamação do Estado independente da Palestina.

Os Estados Unidos anunciaram que vetará a resolução na condição de membro permanente do Conselho de Segurança, de acordo com sua tradicional política de fechar o caminho a resoluções que sejam consideradas prejudiciais a Tel Aviv, seu aliado estratégico.

Caso o texto fracasse, não trataremos mais com o governo israelense, que se verá obrigado a assumir suas obrigações como potência ocupante, afirmou o mandatário.

Abbas reiterou sua confiança em que "a Palestina recobrará sua independência com Jerusalém leste como sua capital", uma possibilidade que setores da ultradireita israelense asseguram que evitarão por todos os meios possíveis.

A ex-ministra da Justiça de Israel, Tzip Livni, agora na oposição, recomendou impedir a aprovação da proposta "porque ajudaria a direita", em alusão ao atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que convocou eleições antecipadas para março próximo.

O projeto de resolução foi apresentado em meio a uma viragem na visão de vários países sobre a ocupação da Palestina por Tel Aviv, iniciada em outubro passado quando a Suécia reconheceu o Estado palestino e os parlamentos de países europeus recomendaram dar um passo semelhante.

Com Prensa Latina