"Braços abertos" completa um ano e segue firme em sua proposta

Enfrentar a lógica excludente e enfrentar conservadorismo semeado por décadas pelas ruas da cidade de São Paulo, esse foi e é o desafio do programa "De braços abertos", implementa do pela gestão de Fernando Haddag há um ano.

programa de braços abertos - Foto: João Luiz/ SECOM

A medida de reinclusão e resocialização consiste em oferecer aos dependentes químicos emprego remunerado, moradia, refeições e acompanhamento médico. Em janeiro de 2014, quando teve início, o próprio prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, assegurou: “Essas pessoas terão apoio para encontrar nem que seja um quarto digno para poder se acomodar e sair da rua. A cidade não quer mais conviver com aquilo.”

É bom lembrar que, mesmo sendo propostas inovadoras e que tocam em problemas complexos, as iniciativas de Haddad enfrentam resistência, em especial dos setores mais conservadores da sociedade. O programa “Braços Abertos” é um claro exemplo dessa resistência, apesar de ser um programa com o desafio de transformar os papéis sociais e que tem como modelo a humanização, romper com o passado tão recente ainda demanda muito esforço.

Alguns dados

O programa "De Braços Abertos" foi implementado com base em acordos com moradores de 147 barracas que ocupavam as ruas Helvétia e Dino Bueno, no centro da cidade, na região da Luz, também conhecida como cracolândia. 

De acordo com informações da Prefeitura de São Paulo,atualmente, 513 pessoas participam do programa, quase o dobro do início de 2014. Desses, 23 receberam atestado médico de aptidão ao mercado de trabalho e 122 estão em tratamento voluntário contra a dependência química.

Dados da Prefeitura ainda apontam que na região da Luz, conhecida como cracolândia, o número de usuários de drogas caiu de 1,5 mil para 300 pessoas.

Desafios para 2015

Em entrevista à imprensa, o prefeito Fernando Haddad afirmou que para 2015 já está prevista a expansão do programa. Um novo convênio foi firmado para prestar capacitação técnica aos profissionais da área da saúde.

A Prefeitura não informou a verba para este ano. Em 2014 foram cerca de R$ 15 milhões.

Outro ponto que será refinado no programa é a descentralização das políticas públicas, fundamental em todas as áreas de atenção social. Um passo nesse sentido é a inclusão gradual das subprefeituras nesse processo. 

Joanne Mota
Da Redação do Vermelho
Com informações das agências