China pede ao Japão que se afaste do passado de agressão

A China pediu, nesta segunda-feira (12), ao governo japonês que se afaste do militarismo, depois da visita feita na sexta-feira (9) pelo primeiro-ministro nipônico ao Santuário Yasukuni, relacionado com a guerra.

China e Japão. Colagem Voz da Rússia

"A postura chinesa sobre as visitas ao Santuário Yasukuni pelos líderes japoneses é firme e clara", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, em uma coletiva de imprensa diária.

"(Desde que) o Japão encare seriamente e reflita profundamente sobre sua história de agressão e se afaste do militarismo, os laços China-Japão podem se desenvolver de maneira sólida e estável", disse Hong.

Segundo a Agência de Notícias Kyodo, o Japão reiterou na última sexta-feira que o país considera as visitas por seus líderes ao Santuário Yasukuni "constitucionais", já que o propósito foi homenagear os mortos em guerra, não sendo um exercício religioso.

Essa postura foi adotada em uma reunião do gabinete japonês e divulgada em resposta à questão de um legislador da oposição, informou Kyodo.

A China afirmou em ocasiões repetidas que se opõe firmemente a visitas de líderes japoneses ao santuário em questão, que é o lugar de descanso final de muitos criminosos japoneses da Classe A da Segunda Guerra Mundial e que celebra a agressão do Japão.

Os dois países assinaram um acordo de princípio de quatro pontos em novembro, concordando em retomar cooperação política, diplomática e de segurança.

"O Japão deve cumprir seu compromisso com o fim de melhorar e desenvolver os lações bilaterais", disse Hong.

Hong enfatizou que o conteúdo do acordo é claro e que o governo japonês está consciente de suas conotações.

Fonte: Xinhua