Procon Fortaleza: Variação nos preços do material escolar chega a 150%

O Procon Fortaleza divulgou na última terça-feira (13/01), o resultado da pesquisa de preços do material escolar. A variação pode chegar a 150% entre os estabelecimentos consultados. A pesquisa coletou preços de 65 produtos e foi realizada entre os dias 7 e 8 de janeiro em 10 livrarias do Centro da capital.

O Procon recomenda que pais e responsáveis por matrículas observem se na lista de material escolar consta itens proibidos e que serão considerados abusivos. O objetivo da pesquisa é auxiliar aos pais na economia da compra do material escolar, que costuma pesar no bolso do consumidor, principalmente nessa época do ano.

A coleta dos preços tomou como referência as mesmas marcas, escolhidas por serem ofertadas, em sua maioria, em todos os locais pesquisados. A caneta esferográfica (unidade) foi a que apresentou a maior variação chegando a 150%. Enquanto que o produto sai por R$ 0,80 em uma livraria, o mesmo item pode chegar a R$ 2,00 em outro estabelecimento.

Os pais também precisam ficar atentos ao preço da borracha (unidade) que pode sair até 140,9% mais cara. O mesmo produto e a mesma marca variou de R$ 2,20 a R$ 5,30. Já o preço do dicionário apresentou as menores variações. Em uma das marcas pesquisas não houve variação em todas as livrarias pesquisadas.

De acordo com a diretora geral do Procon Fortaleza, Cláudia Santos, a pesquisa é uma ferramenta que auxilia na economia doméstica. “De posse dessa consulta os pais devem optar pelos menores preços, isso é que regula o mercado e possibilita a queda de preços”, explica. Ela também alertou que os pais denunciem as escolas que insistem em exigir itens proibidos na lista de material escolar.

Como denunciar

Pais, alunos e responsáveis podem realizar denúncia na Central de Atendimento 151 (horário comercial), no site da Prefeitura de Fortaleza, no link denúncia virtual; ou ainda abrir uma reclamação na sede do Procon Fortaleza que fica na Rua Major Facundo, 869, Centro. O Procon Fortaleza é um órgão vinculado à Secretaria da Cidadania e Direitos Humanos (SCDH).

Dicas na compra do material escolar

– Pais ou responsáveis devem pesquisar preços e escolher fornecedores de sua preferência;

– A escola não poderá exigir marcas dos materiais escolares, nem pode obrigar ao responsável adquirir material em determinado estabelecimento comercial, quando se tratar de produtos oferecidos no mercado em geral;

– A escola só pode pedir uma resma de papel por aluno, mais do que isso já pode ser considerado exagero;

– Antes de comprar, verifique se existem itens que sobraram do período anterior e avalie a possibilidade de reaproveitá-los;

– Algumas lojas concedem descontos para compras em grupos ou de grandes quantidades ou venda por atacado;

– Caso a escolha seja pelo pagamento à vista, peça desconto. Analise os juros e taxas cobradas nas compras com o cartão de crédito;

– É importante frisar que o pagamento do valor total de uma só vez com cartão de crédito é considerado como à vista, portanto, o preço não deve sofrer alteração;

– O estabelecimento comercial é obrigado a fornecer a nota fiscal da compra. Somente com este documento pode-se exigir a solução de problemas com a mercadoria;

– Produtos importados seguem as mesmas regras de marcas nacionais, resguardados os direitos do CDC;

– Evite comprar no comércio informal. Isso pode dificultar a troca ou assistência do produto se houver necessidade.

Pesquisa completa

Itens proibidos na Lista de Material Escolar

Fonte: Prefeitura de Fortaleza

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