RPDC propõe aos EUA reduzir tensões na Península Coreana

A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) propôs, nesta terça-feira (13), na ONU, aos Estados Unidos a suspensão neste ano de suas manobras militares conjuntas com a Coreia do Sul, tendo em vista gerar um ambiente de paz e diálogo na península.

Coreia Popular

Em uma coletiva de imprensa, o embaixador de Pyongyang ante às Nações Unidas, An Myong Hun, reiterou que seu país suspenderia temporariamente os ensaios nucleares se Washington cancelar seus exercícios, os quais qualificou de um perigo de guerra nuclear na região.

De acordo com o diplomata, ao suspender as manobras anuais do Pentágono na Coreia do Sul, o governo estadunidense daria um passo importante para reduzir as tensões e melhorar a cooperação e a aproximação entre coreanos.

"Não terá um diálogo verdadeiro, nem progresso nas relações Norte-Sul enquanto persistam estes jogos de guerra, com lançamento de porta-aviões, submarinos e bombardeios estratégicos, que demonstram a agressividade dos Estados Unidos contra a RPDC", advertiu.

An disse a jornalistas credenciados na ONU que "qualquer coisa pode passar este ano na Península" se Washington cancela seus exercícios bélicos e demonstra vontade de paz.

Neste ano, celebramos os 70 anos da libertação da Coreia, mas também de sua divisão, motivo pelo qual é hora de buscar o cenário propício para pôr fim a uma tragédia que tanta dor causa", assinalou.

Segundo o representante permanente, em 9 de janeiro Pyongyang enviou sua proposta a Washington "pelos canais estabelecidos entre as partes".

A esse respeito, lamentou a postura norte-americana de não aceitar a iniciativa, sob o argumento de que as manobras conjuntas com a Coreia do Sul são uma coisa diferente dos ensaios nucleares.

Para o diplomata, os Estados Unidos demonstram uma vez mais sua posição hostil, a mesma que durante décadas tem significado uma ingerência na Península e um obstáculo para o diálogo e a cooperação Norte-Sul.

"O governo estadunidense pretende aumentar a capacidade militar na Coreia do Sul, mas que a RPDC não faz o mesmo, uma política inaceitável e injustificável", sublinhou.

An insistiu no anseio de paz e de avançar para a reunificação, manifestadas pelo líder da RPDC, Kim Jong Un, e responsabilizou a Casa Branca pelo complexo cenário imperante na região.

"Chegou o momento de deter a anacrônica postura de hostilidade dos Estados Unidos contra meu país", expôs.

Fonte: Prensa Latina