Coreia Popular denuncia provocação e afirma direito à autodefesa

A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) ratificou, nesta quinta-feira (8), ante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, o direito de se defender das ameaças dos Estados Unidos e seu destacamento bélico na vizinha Coreia do Sul.

Bandeira da Coreia Popular

Em um debate aberto do órgão de 15 membros sobre a não proliferação de armas de extermínio em massa, a representação de Pyongyang denunciou a agressividade de Washington, expressa também na sistemática realização de provocativas manobras militares, que incluem navios e aviões com armas nucleares.

"Ante esses perigos, levaremos a cabo novos ensaios nucleares e exercícios de legítima autodefesa," advertiu a RPDC.

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A delegação norte-coreana recordou que foi a Casa Branca quem levou a ameaça atômica à península, onde durante décadas dispôs de um arsenal nuclear, na parte Sul.

Além disso, rechaçou a postura dos Estados Unidos de não reconhecer Pyongyang como detentor da arma nuclear. "Não as criamos para a aprovação norte-americana, mas para nossa defesa," precisou.

A RPDC condenou o critério dúbio em matéria de não proliferação de armas de extermínio em massa, uma postura exposta no fórum do Conselho de Segurança por outras nações, que conclamaram a eliminar do planeta todos esses artefatos.

Nesse sentido, partilharam as reivindicações de promover um desarmamento real, que inclua as grandes potências bélicas, como Estados Unidos, os únicos que usaram recursos atômicos, como o que ocorreu em agosto de 1945, contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, onde morreram dezenas de milhares de seres humanos.

Fonte: Prensa Latina