Questão Palestina volta a debate no Conselho de Segurança da ONU

O Conselho de Segurança das Nações Unidas realiza nesta quinta-feira (15) uma sessão dedicada ao Oriente Médio, que inclui a análise da questão palestina e em particular a busca de uma solução pacífica do conflito com Israel.

Bandeiras da Palestina

A questão do povo árabe, cujos territórios estão ocupados por Tel Aviv desde 1967, retorna ao órgão de 15 membros, depois que em 30 de dezembro passado não foi aprovado o projeto de resolução apresentado pela Jordânia para conseguir até 2018 o fim do domínio militar israelense sobre a Palestina.

Na ocasião, a iniciativa foi apoiada por Argentina, Chade, Chile, China, França, Luxemburgo, Rússia e a própria Jordânia; com as abstenções da Lituânia, Nigéria, Reino Unido, Ruanda e Coreia do Sul; e o voto contrário da Austrália e Estados Unidos. O voto deste último tem força de veto.

A reunião desta quinta-feira é dirigida pelo chanceler chileno Heraldo Muñoz, pois o Chile preside durante este mês as atividades do Conselho de Segurança.

Antes de viajar a Nova York, sede da ONU, o diplomata sul-americano reiterou a postura de seu país de defender a solução dos dois Estados, um palestino e outro israelense, "que possam coexistir em paz e com fronteiras internacionalmente reconhecidas".

A sessão do órgão com mandato de garantir a paz e a segurança globais gera expectativas. Como se sabe, a Palestina decidiu solicitar no início do ano seu ingresso a 16 tratados e convênios universais, entre eles a Corte Penal Internacional, com sede em Haia, diante da qual apresentou uma demanda contra Israel por crimes de guerra.

Segundo o embaixador palestino nas Nações Unidas, Riyad Mansour, o processo corresponde aos crimes na Faixa de Gaza, onde Tel Aviv realizou em julho e agosto últimos bombardeios aéreos e incursões terrestres durante 50 dias, com saldo de milhares de vítimas, entre mortos e feridos, e severos danos materiais no bloqueado território palestino.

Em 2015, o Conselho de Segurança tem uma composição diferente da de finais de 2014, com a incorporação, a partir de 1º de janeiro, como membros não permanentes, de Angola, Espanha, Malásia, Nova Zelândia e Venezuela, em substituição à Argentina, Ruanda, Coreia do Sul, Austrália e Luxemburgo.

Prensa Latina