Cuba defende uma paz justa e duradoura para o Oriente Médio
Em reunião no Conselho de Segurança da ONU nesta quinta-feira (15), Cuba chamou os países-membros a centrar esforços na busca de uma paz justa e duradoura para todos os povos do Oriente Médio.
Publicado 16/01/2015 14:05

Em um foro do órgão de 15 membros sobre a situação nessa região do planeta, o embaixador alternativo da ilha aqui, Oscar León, defendeu o direito dos países da área geográfica a viver em paz, desfrutar do progresso e contar com uma zona livre de armas nucleares e de extermínio em massa.
De acordo com o diplomata, 2014 esteve repleto de negativos acontecimentos, em particular para Palestina e Síria, "que sofreram as consequências da agressão e a guerra".
"Cuba reafirma sua solidariedade inequívoca com o povo palestino e o apoio às ações para promover o reconhecimento de seu Estado, sobre a base das fronteiras anteriores a 1967 e com capital em Jerusalém Oriental, e ao direito a ingressar como membro pleno à ONU", afirmou.
A esse respeito, pediu ao Conselho de Segurança a aceitar, sem mais delongas, a solicitação de reconhecimento como integrante das Nações Unidas, apresentada pela Palestina em 2011.
León expressou também a reivindicação da maior das Antilhas de que se ponha fim à prolongada e ilegal ocupação israelense, se suspenda de maneira imediata e incondicional o bloqueio à Faixa de Gaza, e se abram os acessos fronteiriços e pontos de controle para facilitar o livre acesso de ajuda humanitária e fornecimentos.
A ilha acompanhou o chamado – que de forma recorrente realizaram diplomatas durante a sessão – a encontrar uma solução negociada ao conflito palestino-israelense, face ao estabelecimento de dois Estados independentes, democráticos e prósperos, que vivam um ao lado do outro em paz e segurança.
Em relação à crise síria, o embaixador alternativo reiterou a postura de Cuba em defender uma paz verdadeira e sustentável aceitável para o povo e o governo da nação levantina, açoitada desde 2011 por extremistas e mercenários com apoio estrangeiro para impor uma mudança de regime em Damasco.
Nesse sentido, o diplomata rechaçou a ingerência estrangeira e as ações que instigam o terrorismo contra o povo da Síria.
Através de seu representante, Havana manifestou preocupação pela perda de vidas inocentes e condenou todos os atos de violência que afetam a população civil nesse país árabe.
Também advertiu que "a suposta proteção de vidas humanas e o combate a terroristas não podem servir de pretexto para a intervenção estrangeira".
León reconheceu em sua intervenção ante o Conselho de Segurança os recentes esforços da Rússia para encontrar uma solução negociada para o conflito.
"Convocamos a outras partes interessadas a assumir similar atitude", afirmou.
Fonte: Prensa Latina