Escalada da violência na Ucrânia preocupa países da região

O secretário geral da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), Nikolai Bordiuzha, expressou, nesta terça-feira (20), em um comunicado, sua preocupação pelos últimos acontecimentos violentos no sudeste da Ucrânia.

Ucrânia - Russia Slam

"Observa-se um recrudescimento das ações combativas e como resultado morrem soldados, civis, são destruídas moradias, hospitais e escolas", critica o documento.

Bordiuzha recorda que as tentativas de impor a força nunca resultaram em uma paz duradoura nem na solução das contradições políticas.

O secretário geral da OTSC insiste na necessidade de um cessar da confrontação sangrenta e qualifica como inadmissível uma escalada do conflito, por isso chama à busca de alternativas para uma solução pacífica do diferendo.

"É importante utilizar todas as possibilidades, em primeiro lugar o cumprimento dos acordos de Minsk, a observação do regime de silêncio (trégua) e a retirada da artilharia pesada da linha de segurança", agrega o texto.

"Estou convencido de que só com os métodos políticos e a consideração dos interesses da população e de todos os cidadãos da Ucrânia pode ser revertida esta difícil situação e se encaminhar para conseguir a paz", conclui o comunicado do secretário geral.

A OTSC é uma estrutura político-militar eurasiática integrada por Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tajiquistão, cujo objetivo é lutar contra o terrorismo e o crime organizado.

Este tratado foi assinado em 1992 com a inclusão de Azerbaidjão e Geórgia, que posteriormente se retiraram, assim como o Uzbequistão em 2006.

Os países membros assinaram em fevereiro de 2009, em Moscou, um documento no qual se aprovou a criação da Força Coletiva de Reação Rápida, que tem a missão de responder a qualquer ataque dirigido contra os integrantes da OTSC.

Igualmente, esta tropa tem a tarefa de combater o terrorismo e o crime organizado e socorrer as partes em caso de desastres naturais e catástrofes industriais.

Fonte: Prensa Latina