PCdoB Salvador quer atrair apoio para lançar candidatura própria
De olho nas eleições municipais de 2016, o Partido Comunista do Brasil estuda estratégias para atrair apoios políticos, a fim de lançar candidatura própria para a prefeitura de Salvador, conforme já comentado pelo presidente estadual, Daniel Almeida. Desejo eminente desde 2012. No entanto, o partido decidiu abrir mão da candidatura da deputada federal Alice Portugal e entrar com composição de chapa junto com o PT, tendo Olívia Santana como vice de Nelson Pelegrino.
Publicado 21/01/2015 21:24 | Editado 04/03/2020 16:14
De acordo com o vice-presidente do Comitê Municipal do PCdoB em Salvador, Javier Alfaya, agora é a hora. O nome pensado pela Comissão Política é novamente o de Alice, por entender que a parlamentar tem representatividade histórica em Salvador. Nascida e criada aqui, já foi eleita duas vezes deputada estadual e quatro vezes federal, sendo a mais votada do PCdoB na capital baiana e um dos parlamentares mais votados na ala de esquerda da cidade.
"No entanto, para conseguir emplacar uma candidatura própria e forte, é preciso construir a unidade da esquerda neste sentido", afirma Javier. Mas, antes, é preciso que a proposta seja aprovada pelo Coletivo do PCdoB em Salvador. Para isso, está programado um encontro municipal para depois do Carnaval, no qual serão estabelecidas as políticas para 2016. Se aprovada a proposta, a pré-candidatura será levada à Conferência Nacional Extraordinária do PCdoB, para a eleição da nova presidente, que ocorre no final de maio.
"A partir disso, partiremos para a agregação das forças de esquerda em Salvador que apoiam o projeto nacional de desenvolvimento do país", continua o vice-presidente municipal. Para ele, com Alice, será possível lutar por uma cidade melhor e mais justa, com mais direitos para os cidadãos. "A esperança é de conserto para Salvador, com desenvolvimento pleno, sem política separatista, como tem sido a marca da gestão atual".
Um pouco de Alice
Soteropolitana, Alice Mazzuco Portugal, iniciou sua militância política na luta contra o regime autoritário, no seio do movimento estudantil, compondo o Diretório Acadêmico da Faculdade de Farmácia e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFBA, além de ter tido importante participação na reconstrução da UNE (União Nacional dos Estudantes). Graduada como Farmacêutica Bioquímica, entrou para o corpo de servidores técnico-administrativos da UFBA, através de concurso público. Aprofundando-se na luta em defesa dos interesses do trabalhador, foi dirigente da Assufba e da Fasubra, entre outras entidades representativas da categoria.
Foi eleita deputada estadual pelo PCdoB a primeira vez em 1995, sendo reeleita para o parlamento baiano, com o dobro de votos, em 1999, destacando-se como líder da bancada de oposição. Em 2002, Alice Portugal foi eleita deputada federal, com mais de 121 mil votos, a terceira maior votação de Salvador e a 10ª do estado. A comunista foi reeleita mais três vezes, e cumpre atualmente o quarto mandato. Vale destacar que, por dois anos consecutivos, esteve entre os 100 parlamentares mais influentes do Brasil.
De Salvador,
Maiana Brito