Dilma prepara reunião ministerial: metas e ações do governo 

A presidenta Dilma Rousseff dedicou todo o mês de janeiro a conversas bilaterais com os seus novos ministros, dos quais 15 permaneceram no cargo e dois foram remanejados de pasta. Após o contato individual com cada um deles, ela receberá, na próxima terça-feira (27), no Salão Oval do Palácio do Planalto, os 39 ministros que compõem o primeiro escalão. Será a primeira reunião ministerial , quando devem ser discutidas as metas e ações do governo e temas considerados prioritários para 2015. 

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No encontro ministerial, a presidenta fará discurso de abertura da reunião e ouvirá seus ministros. Na ocasião, deverão ser apresentadas as metas dos ministérios, programas de governo, estratégias e políticas a serem desenvolvidas.

As reuniões ministeriais costumam ocorrer no início de cada ano. O esboço e a data da reunião deste ano foram acertados na última sexta-feira (9) em reunião de Dilma com os ministros mais próximos: Jaques Wagner, da Defesa; Aloizio Mercadante, da Casa Civil; Pepe Vargas, das Relações Institucionais e Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral. Nenhum dos ministros, ao saíram da reunião, comentaram os preparativos. 

Em 2011, quando assumiu a Presidência, Dilma comandou a primeira reunião ministerial, também no Salão Oval do Planalto. À época, o então ministro da Fazenda Guido Mantega falou sobre a situação econômica do país. Na ocasião, as fortes chuvas que atingiam a Região Serrana do Rio de Janeiro também foram tema do encontro.

Dos 39 ministros, além dos 15 que permaneceram no cargo, outros foram deslocados para outras pastas, como Miguel Rossetto, que saiu do Desenvolvimento Agrário para a Secretaria-Geral; e Aldo Rebelo, que foi do Esporte para Ciência e Tecnologia). Vinte são novos, entre os quais Cid Gomes, na Educação, Kátia Abreu, na Agricultura e Patrus Ananias, no Desenvolvimento Agrário.

Passados os eventos da posse e as reuniões bilaterais com os Chefes de Estado que vieram para a solenidade, a presidenta Dilma iniciou, no dia 8 de janeiro, estendendo até esta sexta-feira (23), as reuniões com os ministros.

“Brasil, Pátria Educadora”

Em discurso de posse no Congresso Nacional, a presidenta Dilma Rousseff anunciou que o lema de seu novo governo será “Brasil, Pátria Educadora”. Segundo ele, a frase sintetiza a educação como prioridade de seu governo para os próximos quatro anos, além de formar o cidadão com compromissos éticos e sentimentos republicanos.

“Ao bradarmos ‘Brasil, pátria educadora’ estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso de ética e sentimento republicano”, enfatizou a presidenta.

Em sua fala, a presidenta também qualificou o acesso à educação como “porta de um futuro próspero”. “Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próspero. Democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis – da creche à pós-graduação; para todos os segmentos da população – dos mais marginalizados, os negros, as mulheres e todos os brasileiros.”

Ainda no discurso no Congresso, Dilma anunciou que enviará neste semestre ao Congresso um pacote de medidas contra a corrupção. “A luta que vimos empreendendo contra a corrupção, e principalmente contra a impunidade de corruptos e corruptores, ganhará ainda mais força com um pacote de medidas que me comprometo a submeter à apreciação do Congresso Nacional ainda no primeiro semestre”, garantiu a presidenta.

Segundo ela, as cinco medidas são de transformar em crime e punir com rigor os agentes públicos que enriquecem sem justificativa; transformar em crime a prática de caixa 2; permitir o confisco dos bens adquiridos de forma ilícita; agilizar o julgamento de processos envolvendo o desvio de recursos públicos; e dar maior agilidade e eficiência às investigações e processos movidos contra aqueles que possuem foro privilegiado.

No discurso do Parlatório do Palácio do Planalto, Dilma afirmou representar "um projeto de nação que é detentor do mais profundo e duradouro apoio popular de nossa história democrática".

"Esse projeto que começou no governo do presidente Lula, que continua no meu governo, ele pertence a vocês, a cada um de vocês, ao povo deste país e, mais do que nunca, é para este povo e com este povo que nós vamos governar", disse a presidenta.

De Brasília
Márcia Xavier