Equador assumirá presidência da Celac
O Equador assumirá a presidência rotativa da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) com o objetivo de consolidar a presença regional da América Latina e do Caribe no mundo, assegurou, nesta segunda-feira (26), o chanceler Ricardo Patiño.
Publicado 26/01/2015 14:33
“Essa presença começou com as presidências rotativas de Chile, Cuba e Costa Rica, e agora consolidaremos uma voz política em temas de multilateralismo”, apontou o ministro de Relações Exteriores e Mobilidade Humana, em afirmações divulgadas pelo jornal El Telégrafo.
“A respeito desse assunto, teremos que nos pôr de acordo e nem sempre é fácil; por exemplo no Conselho de Segurança das Nações Unidas, na nova arquitetura financeira, em temas de direitos humanos e mudanças climáticas”, declarou o ministro ao jornal.
“Um dos temas fundamentais é a mudança climática porque se aproxima a reunião de Paris, onde devem ser tomadas decisões a médio prazo; outras são as discussões sobre paz e a democracia, o mundo está muito agitado, mas felizmente não em nossa região”, disse Patiño.
Ele assinalou que no tema referido ao Sistema Financeiro Internacional, pensar não só a partir da União de Nações Sul-americanas (Unasul), mas também a partir da CELAC é importante.
“Esperamos sugerir à Costa Rica definir as prioridades de maneira conjunta para os próximos cinco anos, de forma que cada presidência rotativa dedique-se a metas específicas, como ciência e tecnologia, talento humano e educação superior”, insistiu.
“Optamos por fazer propostas globais a fim de configurar a região como um território desenvolvido nos próximos anos, quiçá em 10, mas é preciso dar esses primeiros passos, como priorizar o crescimento da infraestrutura. Se no ano passado declaramo-nos zona de paz, isso significa que devemos mantê-la, portanto, queremos que em oito anos nossa região seja declarada como área livre da pobreza extrema para não dizer com vergonha que somos o espaço mais desigual do planeta”, disse.
Ainda segundo o chanceler, no dia 28 de janeiro serão estabelecidas metas. “Se temos 11,5% de indigência ou pobreza extrema, vamos reduzir em 1,0 ou 1,5 por cento anualmente, de maneira que cheguemos a indicadores de dois ou três por cento, como alguns países irmãos o têm”, assinalou.
“Se o indicador de pobreza é de 40% ou 50%, vamos baixar a 30%, de maneira que nos sintamos solidários e apoiemos os países mais atrasados a avançar. Para desenvolver temas como a mobilidade sul-americana, universal, devemos estar em condições mais parecidas, porque é importantíssima gerar níveis de bem-estar coletivo”, explicou.
Patiño também se referiu à postura do Equador quanto a sua política sobre Cuba, por exemplo, quando não participou da reunião na qual o presidente da ilha, Raúl Castro, não foi convidado.
"O presidente disse-o, preferimos ficar sozinhos, mas sustentar os princípios de nossa política internacional, de soberania e dignidade. Não pode um país dizer: eu imponho uma sanção contra outro. Tentar asfixiar um país é ilegal em política internacional", disse.
Fonte: Prensa Latina