Comissão Política do PCdoB de São Paulo debate conjuntura

A Comissão Política Estadual do PCdoB de São Paulo se reuniu nesta segunda-feira, 26 de janeiro, para debater a conjuntura estadual e nacional.

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O secretário nacional de Organização, Walter Sorrentino, abriu a reunião fazendo uma análise da situação política e os desafios do segundo governo Dilma. Ele afirmou que o Brasil terá dificuldades de crescimento em 2015, pois a crise que assola o mundo também afeta o país.
Por isso, avalia, as medidas adotadas neste começo de gestão tendem a ser conservadoras, como acentuar a férrea fórmula macroeconômica, ancorada agora na retomada do superávit primário. Portanto, o caminho do governo é de desaceleração da economia.

Ele alerta que os comunistas, mesmo confiando na presidenta, precisam rearticular os movimentos sociais, fazer o debate aprofundado, promover a crítica construtiva, e disputar as ideias na sociedade, apontando um rumo contrário a esse adotado até agora pela presidenta e seu ministro da economia Joaquim Levi, ou seja, é preciso firmar o compromisso de que “nenhum direito a menos”.

Orlando Silva, presidente do PCdoB/SP, levantou a preocupação com a política de desaceleração da economia, pois para o Estado isso tem impactos negativos. São Paulo representa mais de 40% do setor automotivo do país. Com essas políticas adotadas pelo governo federal, isso pode gerar desemprego e uma crise sem precedentes.

Orlando ressaltou, ainda, o problema da falta de planejamento do governo tucano no no setor hídrico, problema que pode levar São Paulo a esgotar seu reservatório de água. Lembrou que a mídia blinda o governador dizendo que problema é em todo pais, e a falta de chuva é o fator principal.

Para ilustrar o problema da falta de planejamento, recentemente foi resgatado nas redes sociais uma capa do jornal Folha de SP, de 12 de outubro de 2003, que dizia: “São Paulo pode, em 10 anos, ficar sem agua”. Ou seja, não é um problema meramente climático, os tucanos não planejaram e a população precisa agir contra o desgoverno de Alckmin. Nesse sentido, é preciso organizar os comunistas e os movimentos sociais para desmascarar essa falta de planejamento do governador Alckmin e seu partido.

A Comissão Política ainda debateu os avanços no governo Haddad na capital e as manifestações do passe livre. Deu-se destaque para a ação da UJS, que se descolou do MPL, propondo o diálogo com o prefeito e apresentando uma proposta própria, que foi o passe livre para os estudantes, bandeira já antiga da UJS e do movimento estudantil. Diferente do MPL que se nega a negociar, a UJS abriu um novo debate político, sendo inclusive recebido pelo prefeito.
Destacou-se a importância de Aldo Rebelo no ministério da Ciência e Tecnologia.

Orlando Silva adiantou que, na próxima reunião da Comissão Política, o partido vai se debruçar sobre o plano de ação para 2015 e seus desafios políticos, na construção partidária no Estado e a política de massas para os movimentos sociais, levando em consideração a Conferência Nacional do PCdoB e o projeto eleitoral de 2016.
 

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