Metalúrgicos defendem fortalecimento da indústria nacional

Dirigentes metalúrgicos de todo o país se reuniram na última terça-feira (27), em São José dos Campos, SP, para a 6ª Reunião Executiva Ampliada da Fitmetal, com objetivo de debater o Desenvolvimento e a Industrialização.

Reunião ampliada da Fitmetal - CTB

A reunião contou também com dirigentes sindicais de outros países da América Latina, entre eles Chile, Peru e Uruguai. O presidente da CTB, Adilson Araújo e o secretário de Relações Internacionais da entidade, Divanilton Pereira, também estiveram presentes.

O presidente da Fitmetal, Marcelino Rocha, destacou a necessidade de fortalecer a indústria nacional para alavancar ainda mais o desenvolvimento do país. “É um assunto para colocarmos na ordem do dia, fomentar discussões em todos setores da sociedade, pois nosso futuro está em jogo: não há país que possa se desenvolver sem uma indústria nacional forte”, disse.

Já o presidente da CTB, Adilson Araújo, ressaltou a importância das entidades sindicais na construção de um caminho alternativo à exploração capitalista. Ele acredita que a classe trabalhadora deve ocupar uma posição de vanguarda nesta luta contra o capitalismo.

O sentimento de que é necessário unir as forças dos movimentos sociais para enfrentar o imperialismo não tem despertado apenas no Brasil. Os dirigentes latino-americanos também apontaram que o caminho deve ser no sentido da unidade para fortalecer a luta anti-imperialista.

A presidenta do Siteco, do Chile, Viviana Abud Flores, afirmou que a América Latina deve reagir de forma concreta, não apenas por meio de documentos e manifestos. Apontou ainda que o imperialismo explora toda a classe trabalhadora, independente de nacionalidade.

“Temos que aceitar o peso da unidade. Se queremos defender Cuba ou Venezuela, por exemplo, temos que fazer de maneira clara, não apenas fazendo apontamentos em cadernos. Temos um inimigo claro, que explora a classe trabalhadora, independentemente de nacionalidade, gênero ou língua, e que sempre quer nos separar”, afirmou Viviana.

Otimista, Divanilton, afirmou que, em decorrência da profunda crise do capitalismo, uma nova ordem mundial está surgindo, fruto da luta dos povos. “Sabemos o preço dessa atual geopolítica: privatizações, ataque aos direitos nacionais e perdas das conquistas históricas dos trabalhadores”, explicou.

Do Portal Vermelho
Mariana Serafini, com CTB