Israel abre licitação para construções ilegais na Cisjordânia
Autoridades israelenses promovem, nesta sexta-feira (30), uma licitação de um programa de construção de 430 casas na Cisjordânia, uma violação à 4ª Convenção de Genebra que considera crime de guerra a apropriação de territórios ocupados.
Publicado 30/01/2015 11:20
O programa está baseado na expansão dos assentamentos paramilitares sionistas em Adam, 112 unidades; Elkana, 156; Alfei Menashe, 78 e 84 em Kiriat Arba, revelou a ONG Terrestrial Jerusalem, que critica as expropriações de territórios palestinos.
A mesma fonte considerou que o anúncio será seguido de outros e deixou entrever que fazem parte da campanha eleitoral do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para as eleições legislativas adiantadas de março.
Nos territórios palestinos ocupados residem em assentamentos mais de meio milhão de israelenses, um importante curral eleitoral que a coalizão ultradireitista Likud, de Netanyahu, precisa atrair.
A construção de comunidades e o assentamento de populações em territórios sob ocupação militar são considerados um crime de guerra pela 4ª Convenção de Genebra.
O governo palestino começou semanas atrás os trâmites para aderir as convenções e tratados internacionais, entre eles a Corte Penal Internacional, ante a qual se propõe levar os abusos dos ocupantes na Cisjordânia, Jerusalém (Al Quds para os muçulmanos) e Gaza.
Em meados desta semana, uma entidade de direitos humanos israelense B'Tselem emitiu um relatório no qual reconhece que durante a agressão a Gaza do verão passado o Exército israelense bombardeou propositadamente zonas civis.
Conforme agências da ONU, durante esses ataques morreram mais de 2.100 pessoas, 11 mil ficaram feridas e 110 mil ficaram sem teto.
Fonte: Prensa Latina