Ministro russo da Defesa viaja à América Latina

O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigú, inicia, nesta quarta-feira (11), uma visita à Venezuela, onde será recebido pelo presidente, Nicolás Maduro, e manterá negociações com seu homólogo, o general de Exército Vladimir Padrino, confirmou uma fonte oficial.

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Igor Konashénkov, porta-voz desse ministério, afirmou que Shoigú visitará também Cuba e a Nicarágua.

Segundo o porta-voz, o assunto comum desta viagem será temas atuais de colaboração técnico-militar e o intercâmbio de opiniões sobre assuntos chave da segurança regional e global.

Konaskénkov precisou que Moscou mantém uma cooperação ativa nesta esfera com os três Estados latino-americanos, cuja técnica de combate é de fabricação soviética e russa, característica que oferece amplas perspectivas de mercado para a nação eurasiática.

Da mesma forma, considerou também importante o emprego com fins logísticos de portos e aeroportos pela Marinha e pela Força Aérea do Kremlin nas missões de patrulha global que realiza há alguns anos, sem violar o direito internacional.

Depois das tentativas estadunidenses de boicotar o setor de defesa da Venezuela, Caracas iniciou em 2001, por iniciativa do falecido presidente Hugo Chávez, a compra de armamento russo.

"Em outubro de 2013, os contratos estavam em 11 bilhões de dólares", informou o diretor da empresa estatal russa Rosoboronexport, Anatoli Isáikin.

Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, por sua vez, declarou em 2014 que o Exército de seu país projeta uma modernização com o apoio de Rússia, país com o qual já assinou vários acordos de colaboração.

Em uma reunião com altos comandos, segundo fontes nicaraguenses, o líder sandinista afirmou que o armamento de suas tropas é obsoleto, pois já tem algumas décadas.

Ortega recordou que durante a presidência de Dmitri Medvedev, Manágua e Moscou assinaram um pacote de acordos de cooperação econômica, social e militar.

"Esses entendimentos têm o objetivo de fortalecer a estabilidade, a segurança de nosso país e o fortalecimento e modernização de nosso Exército", explicou o presidente.

Com relação a Cuba, toda sua técnica militar é de procedência soviética, e a capacidade de inovação de seus especialistas militares oferece uma oportunidade comercial para Moscou.

Fonte: Prensa latina