Sérgio da CUT: É preciso defender a Petrobras de ataques especulativos

Em entrevista publicada no Portal da CUT, o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores, Sérgio Nobre, afirma que é preciso defender a Petrobras dos ataques especulativos que tentam desconstruir a estatal. No dia 24 de fevereiro, no Rio de Janeiro, os trabalhadores vão lançar um manifesto em defesa da estatal que terá mobilização nacional marcada para o dia 13 de março.

Sérgio Nobre secretário-geral da CUT - CUT

“É claro que nós defendemos a apuração dos desvios, das denúncias de corrupção. A corrupção é um câncer que precisa ser extirpado do nosso país. Agora, a empresa, por sua importância estratégica na soberania do país, tem que ser preservada. Ela é um patrimônio da sociedade brasileira, não podemos permitir, de maneira nenhuma, que em nome do combate à corrupção se inviabilize a empresa como estão fazendo", afirmou o sindicalista.

Sérgio disse ainda que a Petrobras deve ser uma preocupação de todos os trabalhadores, desde os petroleiros que atuam na empresa até professores e agentes de saúde, que recebem investimento com base nos royalties do petróleo. Por isso, a defesa da empresa deve ser encampada por toda a sociedade.

“Nós temos consciência de que a Petrobras é vital para o futuro do país. É ela quem vai explorar o pré-sal, e é de lá que sairão os recursos para melhorar a saúde e para melhorar a educação, como previsto na destinação dos royalties. Portanto, é preciso perceber que a Petrobrás não é um tema específico dos petroleiros, é um tema do conjunto da sociedade”, salientou o sindicalista, destacando que a estatal, sozinha, representa 13% do PIB do país. “E que se 13% do PIB do país forem retirados da economia, o país entra em crise”, advertiu.

Sérgio Nobre destacou também que as dificuldades geradas pela crise. “Os fornecedores brasileiros da Petrobras, que são inúmeros, estão proibidos de participar de novas licitações da empresa. Há trabalhadores sem receber salário há meses, porque os fornecedores não recebem os pagamentos da Petrobras. Esse bloqueio, além dos atrasos, está levando a milhares de demissões pelas empresas menores, e facilitando a entrada de empresas estrangeiras para fazer os trabalhos antes feitos por brasileiros. Isso tem que ser denunciado”, enfatizou.

Fonte: CUT