Novas alianças do governo venezuelano com empresários locais

Enquanto setores da direita venezuelana iniciaram o ano tratando de promover novas ações violentas na Venezuela, o governo executivo impulsionou conversas com empresários locais de setores estratégicos para a economia e o comércio no país.

bandeira Venezuela - Reprodução

Essas reuniões fazem parte do Plano de Recuperação Integral da Economia anunciado pelo presidente, Nicolás Maduro, no final do ano passado. Durante todo esse mês, membros do gabinete implementam um programa de reuniões com representantes de empresas públicas e privadas, focadas em traçar planos conjuntos de ação.

Segundo o ministro de Indústria, José David Cabello, esses encontros procuram somar esforços para evitar que o povo seja vítima da guerra econômica desatada por grupos da oposição.

“Depois das reuniões, o governo chegou a novos acordos com a Associação Nacional de Supermercados e Autosserviços (Ansa) e várias cadeias privadas, para garantir a distribuição de produtos de primeira necessidade”, informou a ministra de Comércio, Isabel Delgado.

“A Ansa se comprometeu a fornecer diariamente dados sobre alimentos e produtos essenciais, além de alertar sobre possível desabastecimento”, explicou.

“Também, fará contatos semanais que irão permitir a manutenção do fornecimento oportuno”, disse a ministra.

Delgado explicou que existem condições para garantir à população todos os produtos a preços justos e fazer frente às ações de especulação.

“Há vários meses, o governo começou a trabalhar em conjunto com o setor privado para potencializar o abastecimento de alimentos, medicamentos e produtos de higiene pessoal e do lar”, acrescentou.

“A direita venezuelana pretende agora criar matrizes negativas de opinião sobre o tema, mas não podemos cair na provocação”, pediu a ministra.

“Além disso, 17 mil homens foram enviados para a fronteira com o fim de combater o comércio ilícito e estão criadas as instâncias que julgarão aqueles que incorram nesses delitos”, indicou.

O vice-presidente executivo, Jorge Arreaza, informou que mais de 28 mil toneladas de alimentos foram apreendidos na Venezuela durante 2014, ano em que começou o Plano Contrabando Zero com um grande deslocamento de agentes nas zonas limítrofes.

“Quase 12 milhões de litros de combustíveis e um número superior a oito mil toneladas de materiais estratégicos de construção também foram confiscados graças aos mecanismos contra a guerra econômica”, disse o ministro.

“Por isso, a Venezuela busca diversificar a produção, substituir importações, elaborar planos agrícolas e industriais e construir soluções em coletivo que impliquem tanto os empresários públicos como os privados. No entanto, para assegurar que as grandes cadeias distribuam as mercadorias e cheguem ao seu destino, supervisores e promotores estarão proximamente em todo o território”, apontou o vice-presidente de Segurança e Soberania Alimentar”, Carlos Osorio.

Também estimou que durante 2015 será fortalecida novamente a reserva alimentar do país, à que se recorreu como consequência da guerra econômica.

“Apesar disso, na rede de mercados populares e outros mecanismos de missões sociais criados pelo Estado durante 2014 foram distribuídos mais de quatro milhões 600 mil toneladas de alimentos’, destacou.

Agora, como resultado das reuniões com empresários, o recém criado Estado Maior Econômico fará contatos permanentes com redes de distribuição até conseguir estabilizar o abastecimento.

Elevar e diversificar a produção e garantir ao povo o acesso aos bens e serviços é prioridade do governo venezuelano em 2015.

Fonte: Prensa Latina