Sindicalistas promovem ato em defesa da Petrobras em Brasília

Depois do ato realizado nesta terça-feira (24) no Rio de Janeiro, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, petroleiros e sindicalistas promoveram nesta quarta-feira (25), em Brasília, uma manifestação em defesa da Petrobras. Segundo os trabalhadores, as denúncias de corrupção estão sendo utilizadas para pressionar a privatização da empresa.

- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

“A corrupção tem de ser combatida, mas não pode ser usada para inviabilizar a empresa. Por trás das denúncias de corrupção, há uma política para inviabilizar a Petrobras. O ato é para mostrar esta realidade”, informou o coordenador do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) em São Paulo, Vereníssimo Barçante. O ato, que reuniu 100 sindicalistas e representantes de movimentos sociais, faz parte de uma campanha nacional em defesa da Petrobras. 

Para Barçante, que há 35 anos trabalha na empresa, apesar dos recordes de produção, a Petrobras sofre com ataques questionando sua capacidade técnica e de investimento.

“Mesmo nessa crise, conseguimos aumentar a produção, pois nosso corpo técnico é competente. Hoje, a Petrobras está quebrando recordes e mais recordes de produção, mas escutamos segmentos afirmando que ela não tem competência para trabalhar no Pré-Sal, para produzir e que precisa ser privatizada”, acrescentou.

Segundo dados divulgados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a produção de petróleo e gás em 2014 alcançou 2,67 milhões de barris equivalentes/dia (no Brasil e exterior). Destes, 666 mil foram produzidos no Pré-Sal.

“Para coroar esses recordes, em setembro de 2014 a Petrobras tornou-se a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de capital aberto, superando a ExxonMobil (Esso)”, ressalta o manifesto divulgado pelos petroleiros.

“Defendemos a punição para corruptos e corruptores, mas o que está atrás dos ataques são interesses pela desclassificação da empresa. Cria-se a ideia de que a Petrobras é incompetente, que não pode cuidar do pré-sal”, afirmou o diretor da FUP, Francisco José de Oliveira.

No próximo dia 13, outra manifestação está agendada para a Avenida Paulista, em São Paulo.

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Fonte: Agência Brasil