Bolívia e Uruguai assinam vários acordos de cooperação

Os presidentes Evo Morales, da Bolívia, e José Mujica, do Uruguai, assinaram, nesta quinta-feira (26), cinco acordos de cooperação e afirmaram que a integração regional é uma maneira de defender os interesses dos povos.

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Morales, que cumpre uma visita oficial ao Uruguai, reuniu-se com Mujica na sede do governo, onde ambos subscreveram convênios sobre vias de transporte, tratamento de água potável e pesquisa aplicada à mineração.

Outro tema tratado pelos mandatários foram as medidas contra a discriminação racial e a defesa dos direitos humanos, além de assinar um comunicado conjunto de 43 pontos de temas de interesse bilateral e com projeção regional.

Em uma posterior coletiva de imprensa, Mujica disse que se a legitimidade fosse medida em percentual de votos, Morales seria "o presidente mais legítimo de nossa América".

Acrescentou que defendeu permanentemente às pessoas mais marginalizadas da América, além de recriar os laços entre países "para construir a nação federal à qual historicamente pertencemos".

Também disse que Morales tenta dar personalidade à região no campo internacional "para que o espaço comum nos acolha e ofereça possibilidade de incidir em um mundo que está se reconstruindo ao redor de gigantescas unidades".

Mujica recordou, por outro lado, que a Bolívia é o único país que tem reservas econômicas acima de 50% de seu Produto Interno Bruto e descreveu esse fato como "uma análise conclusiva do que representa Morales".

Por sua vez, o presidente da Bolívia descreveu Mujica como "irmão, amigo e pai" a nível político, pessoal e como lutador social.

Morales disse valorizar a oferta uruguaia de saída para o oceano Atlântico através do futuro porto de águas profundas no departamento de Rocha, sobre o qual ambos presidentes subscreveram um memorando de entendimento.

Morales afirmou ainda que a Bolívia põe suas rotas e vias a disposição do Uruguai para que tenha uma nova de saída para o Pacífico.

"Estamos convencidos de que as hidrovias, estradas, aeroportos e acesso aos portos são uma integração de nossos povos e complementariedade do comércio", sublinhou.

Fonte: Prensa Latina