CUT: Ajustes não podem alterar trajetória de desenvolvimento inclusivo

Em artigo publicado no site da central, sob o título "Política econômica recessiva gera desemprego", o presidente da CUT, Vagner Frentas, afirma que o governo precisa adotar estratégia para administrar situação adversa da economia" sem mudar a trajetória de desenvolvimento inclusivo e expandido, em especial, nas regiões mais frágeis do país".

Vagner Freitas presidente da CUT - CUT

Para o sindicalista, por conta da cise internacional o Brasil tem uma situação econômica delicada e, por isso, deve medidas para assegurar os empregos, como fez no passado. "Essa política garantiu o pleno emprego, o aumento do poder de compra dos trabalhadores, além do combate às desigualdades e a distribuição de renda".

Segundo o líder cutista, o ajuste fiscal anunciado pelo governo no fim do ano passado "aumenta o desemprego e pode provocar recessão".

"Em janeiro de 2015, o desemprego já foi maior do que no mesmo mês de 2014. A estimativa do IBGE/Pnad para a taxa nacional de desemprego de 2014 é de 8,1% – em 2013 foi de 7,3%, em 2012 foi de 6,3% e em 2011, 6,7%. Se este ano o PIB chegar a -1%, o desemprego pode chegar a até 10% da PEA. Isso equivale a cerca de 10,5 milhões de desempregados", advertiu Vagner.

Ele ressalta que a CUT defende uma estratégia que combine "o combate à inflação com políticas de estímulo aos investimentos que possam dinamizar o desenvolvimento com geração de emprego e renda".

"É urgente a aprovação de uma reforma tributária que desonere os salários e taxe os lucros/dividendos, ganhos com a especulação financeira e as grandes fortunas", disse ele. Nesta sexta (27), a Folha publicou entrevista com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) em que ela afirma ter ouvido do ministro Nelson Barbosa (Planejamente), que o governo prepara medidas que "vão atingir o andar de cima", referindo-se à grandes fortunas.

"Manter os empregos, a distribuição de renda e o combate a pobreza é fundamental para atravessarmos esse momento delicado da economia brasileira e mundial", finaliza Vagner Freitas.

Com informações da CUT